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Servidores federais protestam em frente ao Banco Central em Brasília Funcionários públicos pedem reajuste de 26,3%, além da reestruturação da carreira. Nesta terça-feira (18), vice-presidente Hamilton Mourão disse que espaço orçamentário para conceder aumento a diferentes categorias é 'muito pequeno'.

18 de janeiro de 2022, 15h22 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

Por G1

Servidores públicos federais fizeram uma manifestação, nesta terça-feira (18), em Brasília, para pedir a reestruturação de carreira e reajuste salarial. Os manifestantes protestaram em frente ao edifício-sede do Banco Central, no Setor Bancário Sul.

O presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central, Fábio Faiad, informou que a categoria busca reajuste de 26,3%. De acordo com ele, o índice é retroativo aos anos de 2019 a 2021 – período de governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) – e também considera a estimativa da inflação para 2022, de acordo com o mercado financeiro.

Nesta terça-feira, o vice-presidente Hamilton Mourão disse que o espaço orçamentário para conceder aumento a diferentes categorias de servidores é “muito pequeno”. Questionado sobre a manifestação, o Banco Central informou que não vai comentar.

O ato iniciou às 10h e não causou impactos no trânsito. Os manifestantes carregavam faixas sobre o “congelamento salarial” e pediam respeito ao serviço público.

Servidores federais fazem manifestação em frente ao Banco Central em Brasília — Foto: Alexandro Martello/g1

Renúncia de servidores e reajuste de policiais

Outras categorias, como servidores de agências reguladoras e da Receita Federal também participaram do protesto. A manifestação faz parte de um pacote de reivindicações que reúne funcionários públicos federais, convocado pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate).

Em dezembro, funcionários da Receita Federal entregaram os cargos de chefia em protesto contra o Orçamento da União aprovado no fim do ano passado. A renúncia aos postos de trabalho ocorreu após Bolsonaro defender, e incluir no orçamento, um aumento de salários para policiais federais, com dotação autorizada de R$ 1,7 bilhão.

A reação dos setores não atendidos começou horas depois de o texto ser aprovado no Congresso Nacional. Os recursos aprovados no orçamento, até o momento, serão usados para a reestruturação e aumento de remuneração das seguintes carreiras:

  • Polícia Federal
  • Polícia Rodoviária Federal
  • Departamento Penitenciário Nacional

Servidores federais fazem manifestação em frente ao Banco Central em Brasília — Foto: Alexandro Martello/g1

Espaço ‘muito pequeno’ para reajustes

O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta terça-feira (18) que o espaço orçamentário para conceder aumento a diferentes categorias de servidores é “muito pequeno” e que o presidente Jair Bolsonaro ainda não bateu o martelo sobre o reajuste a agentes de saúde e segurança.

O Congresso aprovou no final de 2021 o Orçamento Federal com reserva de R$ 1,7 bilhão para reajuste a carreiras policiais e a previsão de um incremento de R$ 800 milhões para o custeio do reajuste do piso salarial para agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias.

“Não sei nem se o presidente vai conceder isso aí [aumento para segurança e saúde]. Vamos aguardar. O presidente não bateu o martelo sobre isso aí ainda e o espaço orçamentário é muito pequeno”, afirmou.

Questionado sobre a extensão do aumento para outras carreiras, Mourão disse que “não tem espaço no orçamento para isso”.

Foto: Mateus Bonomi/Agif/Estadão Conteúdo

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