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Deputado pede que vazamento relatado por Weintraub seja investigado Ex-ministro afirmou, em entrevista a um podcast, que o presidente Jair Bolsonaro soube previamente de operação que envolvia um dos filhos

18 de janeiro de 2022, 17h42 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Metrópoles

O deputado federal Ivan Valente (Psol-SP) acionou, nesta terça-feira (18/1), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, solicitando investigação em relação à declaração do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub de que o presidente Jair Bolsonaro (PL) sabia da operação “Furna da Onça”, que envolveu o filho zero um dele, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

O parlamentar argumenta que se trata do vazamento de informações sigilosas sobre operações em andamento no Departamento de Polícia Federal e recorda que o relato de Weintraub condiz com a denúncia feita pelo empresário Paulo Marinho, suplente de Flávio Bolsonaro, em 2020.

“As declarações do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub e do empresário Paulo Marinho evidenciam grave indício de vazamento de informações sigilosas sobre operação em andamento no Departamento de Polícia Federal, o que fere gravemente a legislação e o próprio Estado Democrático de Direito, tendo em vista o uso político dado às referidas informações”, diz Valente.

Em entrevista ao podcast Inteligência Ltda, Weintraub relatou que Bolsonaro sabia da operação que envolveu o filho zero um antes que ela fosse deflagrada. Segundo o ex-ministro, em novembro de 2018, no governo de transição, o então presidente eleito realizou uma reunião para alertar alguns de seus futuros ministros sobre o caso.

“Juntou assim em uma mesa comprida e falou: ‘Ó, eu chamei pelo seguinte: está para aparecer uma acusação, está pegando esse cara aqui’. Apontou para o Flávio”, afirmou Weintraub. Ele e o irmão, Arthur Weintraub, falaram ao podcast Inteligência Ltda. na noite de domingo (16/1).

Ainda segundo o relato de Weintraub, o presidente eleito teria dito que o governo não tinha “nada a ver com ele” e que se ele tivesse cometido algum erro, iria pagar por conta própria. “Era isso que eu queria escutar”, prosseguiu Weintraub.

Veja o ofício:

Foto: Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados

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