Por Metrópoles
A crise político-diplomática no Leste Europeu tem ganhado novos nuances com os embates entre os presidentes russo, Vladmir Putin, e ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Na segunda-feira (21/2), o Putin reconheceu as regiões separatistas de Donetsk e Lugansk como repúblicas independentes. A decisão foi vista pelos países do Ocidente como uma ameaça.
A partir disso, os embates se intensificaram. Nessa terça-feira (22/2), países como Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido anunciaram sanções econômicas ao governo russo para isolar Putin.
Nesta quarta-feira (23/2), o líder separatista de Donetsk, Denis Pushilin, saiu em defesa de Putin e anunciou que convocou homens com idade entre 18 e 55 anos para o que chamou de “luta”. As declarações foram dadas em entrevista coletiva e repercutidas por agências internacionais de notícias.
“Nós venceremos. Com pessoas como esta, venceremos. Com um país como este, com a grande Rússia, que respeitamos e valorizamos. Não temos o direito de perder ou mesmo de duvidar da nossa vitória”, garante o líder rebelde.
Pushilin frisou que a escalada de tensão está cada vez maior. “As forças inimigas estão na linha de contato e podem avançar para uma ofensiva a qualquer momento”, alerta.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a União Europeia fizeram alertas para o risco de uma invasão russa ao território ucraniano.
Crise em escalada
A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar liderada pelos Estados Unidos.
Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existiam desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).
Nos últimos dias, a crise aumentou. A Rússia enviou soldados para a fronteira com a Ucrânia, reconheceu duas regiões separatistas ucranianas como repúblicas independentes e tem intensificado as atividades militares. A Rússia invadiu a Ucrânia em 2014, quando anexou a Crimeia ao seu território.
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