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Quarta rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia é interrompida pela 2ª vez Representante ucraniano disse que conversas com russos são difíceis, mas que "há espaço para compromisso"

15 de março de 2022, 17h42 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por CNN

Depois de passar por uma “pausa técnica”, a quarta rodada de negociações entre a Ucrânia e a Rússia foi retomada na tarde desta terça-feira (15). No entanto, de acordo com um representante ucraniano, o encontro foi interrompido novamente após um processo “muito difícil e viscoso”.

O conselheiro presidencial e negociador da Ucrânia Mykhailo Podolyak afirmou, através de uma postagem no Twitter, que as negociações com os russos continuarão amanhã, e que existem “contradições fundamentais” entre as duas partes.

Segundo Podolyak, contudo, “certamente há espaço para compromisso”. Mais cedo, o conselheiro do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que a reunião com os russos teria como principais pautas a regulamentação geral, um possível cessar-fogo e acordos para a retirada de tropas da Rússia do território ucraniano.

As conversas entre representantes dos dois países foram classificadas como “difíceis” pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. As reuniões têm como foco principal alcançar um possível cessar-fogo.

Nas outras rodadas de negociações, porém, a abertura de corredores humanitários não encontrou consenso e as tentativas foram consideradas frustradas.

No entanto, na última segunda-feira (14), a cidade de Mariupol recebeu ajuda humanitária pela primeira vez. As forças russas concordaram em permitir que um comboio de retirada partisse após mais de uma semana de tentativas fracassadas.

Cerca de 300 civis chegaram na manhã de terça-feira à cidade de Zaporizhzhia, a cerca de 225 km de Mariupol. Apesar do sucesso na retirada de alguns moradores, um assessor presidencial disse que a Rússia havia bloqueado a chegada do comboio de ajuda humanitária.

Agora, o foco será na entrega de suprimentos para a população que continua em Mariupol.

Enquanto as negociações ocorrem, os russos prosseguem com os ataques em diversas cidades ucranianas.

Um prédio de apartamentos de 15 andares no distrito de Sviatoshynskyi, em Kiev, foi significativamente danificado. Pelo menos quatro pessoas foram encontradas mortas. Mais três edifícios sofreram danos na capital ucraniana.

O secretário-geral da Organização do Atlântico Norte (Otan), afirmou, nesta terça-feira, que a aliança continuará a enviar armas e mantimentos para os ucranianos. Ele também afirmou que existem 40 mil militares na fronteira com a Ucrânia. No domingo, a Rússia bombardeou Yavoriv, a 25 quilômetros da Polônia, país membro da Otan.

Entenda o conflito

Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer desta quinta-feira (24), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país – acompanhe a repercussão ao vivo na CNN.

Horas mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).

O que se viu a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev.De acordo com autoridades ucranianas, dezenas de mortes foram confirmadas nos exércitos dos dois países.

Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.

A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país.Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não tiveram êxito.

A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.

Foto: Reprodução/Twitter Mykhailo Podolyak

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