A morte de Eduardo Almeida Reis deixa um vácuo na literatura brasileira, principalmente pelos nomes que escolhia para seus livros. Jornalista, Eduardo Almeida Reis parece que caprichava na busca de títulos instigantes.
Um deles, “Arte de Amolar o Boi”, talvez tenha sido o mais marcante, mas não só ele. Eduardo, que durante muitos anos foi colaborador do jornal belo-horizontino HOJE EM DIA, era, o que pouca gente sabia, um zootecnista de primeira mão, tanto que, talvez por isso, colocasse os nomes de seus livros com temas ligados à agropecuária. Vejam outros dois: “Zebu para Principiantes” e “As vacas leiteiras e os animais que as possuem”.
Irônico, me dizia nos conciliábulos das horas vagas do jornal, onde fui diretor de redação por muitos anos – o HOJE EM DIA – que adorava Montes Claros, onde suas crônicas faziam grande sucesso, mas que só iria lá quando não fosse época de pequi, porque eu detesto pequi, concluía. Eduardo Almeida Reis era membro da Academia Mineira de Letras. Morreu hoje, em Juiz de Fora, aos 84 anos. Será velado nessa quarta-feira, das 13h às 15h, na capela ecumênica do crematório de Matias Cardoso, na estrada União-Indústria, Km-6.
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