Home Brasil Pacheco reage à celebração da ditadura militar por Bolsonaro

Pacheco reage à celebração da ditadura militar por Bolsonaro Presidente do Congresso Nacional se posicionou sobre manifestações de membros do Executivo em defesa do golpe militar de 1964

31 de março de 2022, 15h40 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

Por Metrópoles

O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reagiu às falas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) em apoio à ditatura militar no Brasil, cujo golpe completa 58 anos nesta quinta-feira (31/3). O senador voltou a dizer que a “defesa da democracia não permite retrocessos”.

“O norte de uma Nação deve ser sempre o da estrita obediência à sua Constituição, forjada no anseio da formação de um país livre, cujo teor rechaça flertes, mesmo que velados, com posições autoritárias e que ferem as liberdades”, publicou o parlamentar nas redes sociais.

Pela manhã, em cerimônia que marcou a saída de ministros interessados em disputar as eleições, Bolsonaro defendeu o golpe militar ao afirmar: “O que seria do Brasil sem as obras militares? Nada. Seríamos uma republiqueta. O que seria da agricultura sem [Ernesto] Geisel? O que seria do coração da Amazônia sem Castello Branco? Criou zona franca de Manaus. Certamente já teríamos perdido a Amazônia”.

“O trabalho deles naqueles anos foi difícil também. É uma luta da verdade contra a mentira, da história contra a estória, do bem contra o mal. O Brasil resistiu, tivemos obras fantásticas, desbravamento do Centro-oeste. O que seria do nosso mar territorial sem Médici? O que seria da nossa Força Aérea sem a criação da Embraer? Foram brasileiros fantásticos”, prosseguiu o chefe do Executivo, dizendo ainda que a composição dos ministérios à época do regime era muito parecida com a de seu governo.

Antes, foi a vez do vice-presidente Hamilton Mourão dizer que “em 31 de março de 1964 a Nação salvou a si mesma”. Ele já havia elogiado a data em 2021: “Neste dia, há 57 anos, a população brasileira, com apoio das Forças Armadas, impediu que o Movimento Comunista Internacional fincasse suas tenazes no Brasil. Força e honra!”, escreveu na ocasião.

O discurso também foi o mesmo adotado pelo Ministério da Defesa, que emitiu nota em celebração à data, classificada pela pasta como “marco histórico da evolução política brasileira”. “O Movimento de 31 de março de 1964 refletiu os anseios e as aspirações da população da época”, diz a introdução do texto.

“Analisar e compreender um fato ocorrido há mais de meio século, com isenção e honestidade de propósito, requer o aprofundamento sobre o que a sociedade vivenciava naquele momento. A história não pode ser reescrita, em mero ato de revisionismo, sem a devida contextualização”, defende a pasta.

A nota é assinada pelo ministro Braga Netto, e por comandantes da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira, e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Almeida Baptista Junior.

Foto: Igo Estrela/Metrópoles

LEIA TAMBÉM

Envie seu comentário