Após denúncias de irregularidades no concurso da Guarda Municipal de Belo Horizonte, o Ministério Público de Minas Gerais deu início a um procedimento que vai apurar se há motivo ou não para a instauração de um inquérito. A prova foi realizada no dia 18 de agosto, e de acordo com o MP, as denúncias dão conta de que alguns participantes utilizaram o telefone celular e tiraram fotos da prova, para preencherem o gabarito.
De acordo com a instituição “foram recebidas duas representações a respeito do concurso, as quais geraram duas Notícias de Fato no MPMG – procedimento de apuração inicial, por meio do qual se buscam elementos que justifiquem ou não a instauração de inquérito civil”. O órgão não deu uma previsão de quanto tempo deve levar para que estes procedimentos iniciais sejam concluídos.
A segunda Notícia de Fato apura a informação de que, no dia da aplicação da prova, alguns dos candidatos não puderam levar o rascunho do gabarito, que seria utilizado para conferir os acertos.
Procurada, a Guarda Municipal disse que não irá se pronunciar sobre o caso, e que toda responsabilidade ficará sob a Fundação João Pinheiro, a aplicadora da prova. Segundo a Fundação indicada, todos os casos ocorridos foram registrados em ata, e os participantes que infligiram as regras foram eliminados.
Cerca de 84 mil pessoas participaram do concurso, que ofertou 500 vagas, sendo 400 destinadas para homens e 100 para mulheres. Os aprovados em todos as fases terão salário inicial de R$ 1.851,20. Ao valor será acrescido R$ 277,68 de Gratificação de Disponibilidade Integral e R$ 740,48 referente ao Adicional de Risco. Com isso, a remuneração chega a R$ 2.869,37. A previsão é que o resultado seja divulgado nos próximos dias.
Foto: Guarda Municipal/Divulgação