Por Metrópoles
Nos últimos 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 11,3%, acima dos 10,54% observados nos 12 meses imediatamente anteriores e o maior registro em 18 anos — em outubro de 2003, o índice foi 13,98%.
Já nos três primeiros meses de 2022, o IPCA acumula alta de 3,2%.
Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (8/4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA de março teve alta de 1,62%. Essa é a maior variação para um mês de março desde 1994, quando o índice foi de 42,75%, no período que antecedeu a implementação do Plano Real.
De acordo com o IBGE, o resultado de março foi puxado principalmente pela alta nos preços dos combustíveis (6,70%). No dia 11 de março, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras foi reajustado em 18,8%. Além disso, houve altas no preço do gás veicular (5,29%), do etanol (3,02%) e do óleo diesel (13,65%).
Estouro da meta de inflação
De acordo com estimativas do mercado financeiro, a inflação deve ficar fora do intervalo pelo segundo ano seguido. Em 2021, o IPCA somou 10,06%, o maior desde 2015.
O último Boletim Focus, relatório com estimativas do mercado financeiro para indicadores econômicos colhidas pelo Banco Central (BC), mostrou que a estimativa para o IPCA ao fim de 2022 é de alta de 6,86%.
A meta de inflação perseguida pelo BC este ano é de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, podendo variar entre 5% e 2%.
Foto: Michael Melo/Metrópoles