Por G1
O governo bateu o martelo e decidiu dar a partir de julho — neste ano em que o presidente Jair Bolsonaro busca a reeleição — um reajuste linear de 5% a todos os servidores do Executivo.
A decisão foi tomada em reunião no Palácio do Planalto na tarde desta quarta-feira (11).
Os 5% não recompõem as perdas inflacionárias. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial. Em 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mede o IPCA, a inflação acumulada é de 11,3%.
O custo estimado da medida é de cerca de R$ 6,5 bilhões. Mas, como o governo tem somente R$ 1,7 bilhão no orçamento deste ano para essa finalidade, terá de fazer cortes em outras áreas a fim de conseguir encaixar a despesa na regra do teto de gastos públicos.
A intenção inicial do presidente Jair Bolsonaro era dar reajuste somente a servidores da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e de agentes penitenciários.
Mas o anúncio dessa intenção no inicio do ano provocou protestos de diversas categorias de servidores, que fizeram pressão convocando paralisações e operações-padrão.
O reajuste linear de 5% era uma das quatro possibilidades que o governo estudava, conforme o blog informou no último dia 8. As outras três eram:
- reajuste zero para todos;
- R$ 400 em vale-alimentação para os funcionários públicos;
- repartir o limite aprovado no orçamento para reajustes, de R$ 1,7 bilhão, para algumas categorias (policiais, servidores de Banco Central, Tesouro Nacional e Controladoria-Geral da União, a CGU).
Foto: José Cruz/Agência Brasil