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Bolsonaro recua em ataques a Barroso e fala em normalidade na eleição Presidente, porém, falou que não pode pairar sobre o pleito “o manto da suspeição”. Declarações foram dadas em cerimônia militar

19 de abril de 2022, 15h51 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Metrópoles

Ao lado do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), cumprimentou o ministro Luís Roberto Barroso, ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por ter convidado as Forças Armadas a participar do pleito. Militares têm acompanhado o processo pré-eleitoral, como a abertura dos códigos-fontes das urnas eletrônicas.

A declaração, proferida em cerimônia referente ao Dia do Exército, realizada nesta terça-feira (19/4) em Brasília (DF), representa um recuo nas falas de Bolsonaro, que frequentemente faz críticas a Barroso e a outros ministros do TSE.

“Eu quero cumprimentar aqui o ministro Luís Barroso, que, enquanto presidente do Tribunal Superior Eleitoral, convidou as Forças Armadas. Repito: convidou as Forças Armadas a participar de todo o processo eleitoral. O que o povo quer é paz, tranquilidade, é trabalho, é poder viver em harmonia e trabalhar para que o seu país, de verdade, seja uma grande nação”, disse o mandatário nesta terça-feira (19/4).

A fala representa um recuo em relação a declarações recentes do chefe do Executivo federal. Em janeiro, ele disse que Barroso e o ministro Alexandre de Moraes, também do TSE, são defensores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e ambos querem o petista de volta ao Palácio do Planalto.

“O papel das Forças Armadas todos conhecem. Não só nos momentos difíceis no tocante à esfera política, bem como em outros momentos também, elas sempre estiveram presentes”, continuou o presidente nesta terça.

Por fim, Bolsonaro disse que o povo brasileiro fará de tudo para garantir a liberdade e para que todos joguem “dentro das quatro linhas da Constituição”.

“Manto da suspeição”

No mesmo discurso, o chefe do Executivo federal disse que não pode pairar sobre o pleito de outubro “o manto da suspeição”, e afirmou ter certeza de que as eleições seguirão “seu ritmo normal”.

“Não podemos jamais ter eleições no Brasil que sobre elas paire o manto da suspeição. E esse compromisso é de todos nós, presidentes dos Poderes, comandantes de forças aqui, obviamente, direcionado ao ministro da Defesa. Todos nós somos importantes, todos nós somos agentes desse processo. E eu tenho certeza que as eleições do corrente ano seguirão o seu ritmo normal.”

Foto: Gustavo Moreno/Metrópoles

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