Por G1
A partir da próxima segunda-feira (16), o valor das passagens de ônibus intermunicipais em Minas Gerais fica mais caro em 17,54% para as linhas que operam no asfalto e em 16,84% para as linhas que circulam em estradas não pavimentadas.
De acordo com a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), o reajuste foi uma reivindicação das empresas que operam o sistema. A solicitação inicial de 20% foi negada. A resolução que trata do aumento foi publicada no Diário Oficial de Minas Gerais nesta sexta-feira (13).
Ainda segundo a pasta, a atualização das tarifas visa corrigir a defasagem dos valores ocorridos nos 12 meses antecedentes aos estudos, considerando a variação dos preços de insumos como combustíveis, peças de reposição, manutenção, depreciação do veículo, tributos, remuneração da mão de obra, entre outros.
“A título de exemplo, de acordo com dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o Óleo Diesel acumula, nos últimos 12 meses, variação de 46,47%, e os pneus 25,39%”, explica a Seinfra.
O Sistema Intermunicipal de Transporte de Passageiros abrange ônibus que circulam entre a capital e as cidades do interior e também as rotas entre cidades mineiras. Ao todo, são 3.277 veículos, que atualmente atendem a uma média mensal de 3,36 milhões de passageiros.
O que diz o Sindpas
Leia a nota na íntegra:
“Um respiro para o setor em momento tão delicado. Este foi o sentimento do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros no Estado de Minas Gerais (Sindpas) e suas mais de 300 empresas associadas em relação ao reajuste tarifário concedido hoje pelo governo de Minas Gerais.
É sabido de todos que o setor vem passando por sérios problemas e acumulando perdas não só pelo aumento excessivo e recorrente dos preços de combustíveis, mas por todo o pacote de perdas que representou a pandemia para o setor.
Por outro lado, o Sindpas entende que as empresas de ônibus têm sido parceiras do povo mineiro desde o início da pandemia, quando operou nos horários pré-estabelecidos, com lotação limitada e até mesmo sem passageiros.
Depois de 20 meses sem reajuste recebeu um alento na casa de 5% em agosto de 2021. Agora, diante da gravidade da situação em que se encontra o sistema de transporte intermunicipal de passageiros, o Governo de Minas entendeu que não seria possível continuar sem esta recomposição inflacionária. Ela nem de longe equipara as perdas do setor, já que só em 2022 os sucessivos reajustes dos combustíveis já acumulam um crescimento da ordem de 50%. Mas é um alento para podermos seguir ao lado do povo mineiro que igualmente sofre com essa crise”.
Foto: Arquivo Seinfra/ Divulgação