Por: Rodrigo Botelho Campos – economista
O problema do PSD mineiro está no próprio PSD.
Gilberto Kassab e a direção nacional estão com problemas depois que lançou Rodrigo Pacheco e este não se tornou candidato à presidência; tentou filiar Eduardo Leite e não deu certo; não hegemonizou o partido com uma tese e teve que liberar os diretórios.
As pesquisas indicam que Alexandre Kalil tem potencial mas, com Lula, mais potencializado fica, chegando a aparecer na frente do atual governador, algo não visto há alguns meses. Alexandre Silveira, secretário geral nacional do PSD e presidente em MG, quer ser legitimamente candidato à reeleição a senador. O PSD MG já indica o candidato a governador e o vice governador (que saiu do PV após 17 anos de filiação).
O PT reivindica a vaga ao Senado, legitimamente, até porque é importante ter o 13 numa das candidaturas majoritárias para ajudar a eleger bancadas proporcionais do PT. Dada a insistência de Alexandre Silveira o PT fez consulta ao TSE.
Pode ter candidatura ao Senado avulsa. As duas candidaturas ao Senado propiciam dois palanques a Lula e Kalil. Agostinho Silveira não aceita. O PSB lançou Saraiva Felipe ao governo. Será um palanque para Lula. Zema tem relações históricas com JB, mesmo este tendo lançado Carlos Viana (PL) ao governo mineiro pelo PL, depois deste implodir o MDB como um “cavalo de Tróia”. O imbróglio está criado. Podia ser um jogo de soma positiva (ganha/ganha) e corre o risco de ser um jogo de soma negativa (perde/perde; “abraço de afogado”).
Como tudo que diz respeito ao poder é uma questão de poder, é uma “queda de braço”, “correlação de forças”, que pode se arrastar até as convenções partidárias, momento fundamental das articulações político-partidárias. Política não é a arte do bom senso, mas dos interesses. Os pleitos são legítimos, os interesses estão colocados. O grande perdedor pode ser Kalil. Vamos adiante, lutando!
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