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A terceira onda chegou e entope as UPAS de BH Com 25 mil casos atendidos só na última semana, profissionais de saúde relatam caos nas unidades de atendimento municipais

9 de junho de 2022, 15h05 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Estado de Minas

Em uma semana, os atendimentos a casos de Síndrome Gripal e COVID-19 aumentaram 286,8% nos Centros de Saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPA) de Belo Horizonte. É o que aponta o levantamento realizado entre os dias 30 de maio e 3 de junho, pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindibel).

De acordo com a pesquisa, 25.800 pacientes com suspeita de gripe ou COVID-19 foram atendidos neste período. Enquanto que na última semana de março, 6.669 pessoas procuraram algum Centro de Saúde da capital. O número é semelhante ao quantitativo de janeiro deste ano, quando 26.792 usuários foram atendidos.

Dentre os belo-horizontinos testados para COVID-19 na última semana, cerca de 28,25% positivaram para a doença. Cada um dos 152 Centros de Saúde municipais tem atendido, em média, 170 pessoas com sintomas gripais por semana. Desses, cerca de 50 apresentaram teste positivo.

Sobrecarga e equipes de saúde desfalcadas

Diante de um novo aumento nos números da COVID-19 em Minas Gerais, profissionais de saúde relatam caos nos centros de atendimento e sobrecarga de trabalho. Segundo dados apurados pelo Sindicato, pelo menos 120 das 589 Equipes de Saúde da Família estão sem médicos e faltam 80 pediatras, inclusive nas UPAs.

“O aumento da demanda encontrou equipes desfalcadas”, pontuou o Sindicato em nota. “Sem profissionais em número adequado, a demora por atendimento gera insatisfações e reações violentas da população”.

Em carta encaminhada à Prefeitura de Belo Horizonte, a categoria defendeu o retorno do Comitê de Enfrentamento à COVID-19; a disponibilização da quarta dose da vacina para profissionais de saúde e servidores municipais e a retomada do Plano de Contingência. Além da publicação do Boletim Epidemiológico de forma diária e com informações como o número de pessoas atendidas, ocupação de leitos, casos confirmados e óbitos.

Os profissionais enfatizam, ainda, a urgência na convocação dos aprovados no concurso público da saúde e o retorno da obrigatoriedade de máscaras em instituições de ensino e locais necessários, conforme avaliação técnica do Comitê.

A reportagem entrou em contato com a PBH e aguarda retorno.

Foto: Marcos Vieira/EM/DA Press

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