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Bolsonaro minimiza desaparecimento de jornalista e indigenista Presidente se manifestou sobre o caso nesta segunda-feira. 'Dezenas de milhares de pessoas desaparecem todos os dias'. Ele também disse que há indícios que Dom Philips e Bruno Pereira sofreram tortura e que será muito difícil encontrá-los com vida. A Polícia Federal ainda não confirmou que os corpos foram localizados.

13 de junho de 2022, 16h25 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por CBN

Ao criticar decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Jair Bolsonaro minimizou o desaparecimento do jornalista Dom Philips e do indigenista Bruno Pereira. Em entrevista à CBN Recife, ele disse que dezenas de milhares de pessoas desaparecem todos os anos no Brasil, mas que só há preocupação com o jornalista e o indigenista por parte do ministro do STF.

Barroso havia determinado na sexta-feira (10) que o governo federal adote todas as providências necessárias para localizar o indigenista e o jornalista britânico, desaparecidos desde o dia 5 de junho.

A declaração foi dada antes de a esposa do repórter confirmar que os corpos dos dois foram localizados. O chefe de Estado destacou que o ministro não liga para outros desaparecidos no Brasil.

Mesmo sem a confirmação da identificação dos corpos pela Polícia Federal, Bolsonaro também afirmou que os indícios indicam que a dupla sofreu tortura antes de morrer. ‘Fizeram alguma maldade com eles. Vai ser muito difícil encontrá-los com vida’, disse em entrevista ao CBN Recife.

Na entrevista, Bolsonaro também voltou a culpar os governadores pela insegurança alimentar no Brasil. Uma pesquisa divulgada na semana passada mostrou que mais de 33 milhões de pessoas passam fome no país. O número é o dobro do registrado em 2020. O presidente ainda comentou sobre as eleições deste ano e disse temer um golpe para tirá-lo do poder. Ele afirmou que não vai participar dos debates do primeiro turno, pois todos os candidatos usarão a oportunidade para atacá-lo.

Foto: Alan Santos/PR

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