Home Belo Horizonte Serviço de urgência do Hospital Alberto Cavalcanti é fechado e moradores protestam

Serviço de urgência do Hospital Alberto Cavalcanti é fechado e moradores protestam A unidade de saúde passará por regulamentação da Secretaria Municipal de Saúde de BH e terá o atendimento focado apenas para os pacientes com câncer.

10 de setembro de 2019, 06h47 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

O Hospital Alberto Cavalcanti, localizado no bairro Padre Eustáquio, região Noroeste de Belo Horizonte, deixou de atender desde essa segunda-feira (9), casos de urgência e emergência clínica, e passa a atender apenas pacientes com câncer. De acordo com a Fhemig, o hospital passará a ser regulado totalmente pela Secretaria Municipal de Saúde da capital mineira. Funcionários e pacientes realizaram uma manifestação criticando as mudanças.

A Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospitais do Estado de Minas Gerais realizou um protesto e um abraço simbólico em frente à unidade contra a mudança nessa segunda-feira (9). De acordo com a Asthemg, a região possui cerca de 300 mil habitantes que já não contam com nenhuma Unidade de Pronto Atendimento. E 67 bairros ficarão sem atendimento de especialidades médicas como clínica médica, cirurgia geral, ginecologia, urologia cardiologia.

Atualmente a média de atendimento por plantão, 12 horas, no hospital é de 200 pessoas nos ambulatórios, 80 na Urgência, 35 pacientes na quimioterapia, além de 150 pessoas aguardando exame de colonoscopia desde abril, segundo a Asthemg.
O acesso ao Hospital Alberto Cavalcanti passa a ser totalmente regulado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA). A unidade de saúde vai passar a ser referência para serviços na área do atendimento aos pacientes com câncer, sobretudo em algumas subespecialidades em que há necessidade de oferta de serviços como a hematologia oncológica.

Ainda segundo a Secretaria, a mudança é resultado de uma construção que tem sido feita há cerca de seis meses, após decisão da Fhemig de reestruturar quadro hospitalar em Belo Horizonte. Por nota, a Fhemig informou que a iniciativa é para “assegurar uma assistência integral aos pacientes, além de aumentar a capacidade de internações, procedimentos e cirurgias, atendendo à atual demanda.”

De acordo com a Fhemig e a Secretaria Municipal de Saúde, não haverá prejuízo assistencial a nenhum usuário, e os atendimentos serão absorvidos pela UPA Noroeste, que fica dentro do Hospital Odilon Behrens e outras unidades da região.

Foto: ASTHEMIG/Divulgação

LEIA TAMBÉM

Envie seu comentário