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Joaquim Barbosa manda generais ficarem fora do processo eleitoral Cometário da Tarde - Por Carlos Lindenberg

7 de julho de 2022, 16h37 | Por Carlos Lindenberg

by Carlos Lindenberg

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, foi curto e grosso ontem ao recomendar aos generais que de alguma maneira, sorrateiramente ou não, tomam conta do governo, a não se imiscuírem na política e muito menos na tão falada “apuração paralela” de que tanto gosta de falar o ministro da Defesa, general Paulo César Nogueira.

Para o ex-presidente do STF, que rebateu ontem o ministro, “as Forças Armadas devem ficar quietinhas e no canto delas” ao longo do processo eleitoral. Para o ex-ministro, insistir “numa pressão desabrida e cínica sobre a Justiça Eleitoral, em clara atitude de vassalagem em relação a Bolsonaro, que é candidato à reeleição, é sinalizar ao mundo que o Brasil caminha paulatinamente rumo a um golpe de Estado”. E alertou: – Pense nisso, general.

Segundo o ex-ministro do Supremo, o Brasil tem um ramo da justiça independente que foi concebido “precisamente para subtrair o processo eleitoral ao controle dos políticos. E dos militares de casaca, claro”.

Tudo isso porque os militares insistem na tal “apuração paralela”, como se dela fizessem parte. Para Barbosa, não fazem parte. Mas o pessoal ligado ao presidente Bolsonaro insiste em colocar dúvidas sobre a segurança das urnas eletrônicas, ainda que o ex-presidente do STF diga que, na verdade, nenhum sistema é inteiramente invulnerável. Mas garante que as urnas eletrônicas são confiáveis.

Foto: Gil Ferreira/Agência CNJ

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