Home Belo Horizonte Empresários da Ceasa são investigados por sonegar R$ 200 milhões em ICMS em MG

Empresários da Ceasa são investigados por sonegar R$ 200 milhões em ICMS em MG Um dos mandados foi cumprido numa mansão avaliada em R$ 30 milhões, em Nova Lima, na Grande BH, construída, segundo a investigação, com recursos obtidos com sonegação.

12 de setembro de 2019, 13h07 | Por Carlos Lindenberg com Letícia Horsth

by Carlos Lindenberg com Letícia Horsth

Uma operação conjunta deflagrada nesta quinta-feira (12), entre o Ministério Público Estadual, Receita Estadual e Polícia Civil, cumpre 6 mandados de prisão e 12 de busca e apreensão nas cidades de Belo Horizonte, Contagem, Nova Lima, Barbacena e Varginha, e Araruama, no Rio de Janeiro.

Segundo o MPMG, trata-se de uma organização criminosa formada por pessoas ricas, bem instruídas e devidamente orientadas por especialistas. Os investigados, desde a década de 1990, teriam constituído um grande grupo econômico composto por empresas do ramo de distribuição de alimentos, principalmente de açúcar.

O grupo seria chefiado por dois irmãos, que se utilizariam de laranjas para constituir as empresas atacadistas, blindando seu patrimônio pessoal. E há suspeita de que empregados eram coagidos a emprestar seus nomes para a constituição das empresas. As investigações teriam descoberto que um dos sócios usava parte dos recursos obtidos com a sonegação fiscal para construir uma mansão localizada em loteamento nobre na cidade de Nova Lima, avaliada atualmente em torno de R$ 30 milhões.

Eles são suspeitos de cometerem crimes contra a ordem tributária, além de falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro, entre 2001 e 2017. Nesse período, o grupo empresarial, composto por mais de 10 empresas, teria sonegado cerca de R$ 200 milhões em ICMS devidos ao Estado de Minas Gerais. De acordo com as investigações, eles compravam notas fiscais frias no mercado negro e as utilizavam para diminuir o valor mensal do imposto.

A ação conta com a participação de quatro promotores de Justiça de Minas Gerais, 40 auditores-fiscais da Receita Estadual, seis delegados e 52 investigadores da Polícia Civil.

Foto: MPMG/Divulgação

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