Por G1
O presidente Jair Bolsonaro disse que ligou nesta sexta-feira (22) para irmã do policial militar Bruno de Paula Costa, que faleceu durante a operação das policias civil e militar que deixou 18 mortos no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (21). Questionado por uma jornalista sobre as outras vítimas, o presidente sugeriu à repórter que “se solidarizasse com essas pessoas”.
Nesta quinta-feira (21), o presidente já havia lamentado a morte do policial em uma tramissão ao vivo nas redes sociais. Na ocasião, Bolsonaro não citou as outras vítimas. Ao todo, 18 pessoas morreram na operação — 16 suspeitos, um PM e uma mulher atingida quando passava de carro. A ação tinha como alvo uma quadrilha de roubo de veículos.
“Hoje eu liguei… atendeu a irmã do cabo da Polícia Militar executado pela bandidagem ontem quando chegava à UPP”, disse o presidente.
Questionado sobre a morte de Letícia Marinho Sales, de 50 anos, que foi atingida por um disparo dos policiais quando passava de carro, o presidente disse que não iria entrar em detalhes.
“Não vou entrar em detalhe aqui. Não não não. Se essa mãe é inocente… se eu ligar para todo mundo que morre todo o dia, eu tô… esse fato deu repercussão, é um cabo paraquedista, é meu irmão e ponto final. Parabéns a polícia militar aí”, disse presidente.
As declarações foram dadas em um posto de combustível, em Brasília. O presidente foi ao local nesta sexta-feira (22) com ministros para verificar a redução no preço dos combustíveis após medidas adotadas pelo governo.
Operação no Complexo do Alemão
A ação das policiais civil e militar no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (21), é considerada a quarta mais letal da história da cidade, as outras três foram: Jacarezinho (28 óbitos), em 2021; Vila Cruzeiro (25 óbitos), em 2022; e Baixada Fluminense (19 óbitos), em 2007.
A operação tinha como alvo uma quadrilha de roubo de veículos. Segundo a PM, o resumo da ação foi:
- 4 presos na Favela da Galinha; 1 preso ferido sob custódia no Getúlio Vargas;
- apreensões: metralhadora .50 (capaz de derrubar helicóptero), quatro fuzis e duas pistolas;
- 400 policiais de Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil;
- 4 helicópteros e 10 veículos blindados usados na ação.
- 48 motos apreendidas
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