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Bolsonaro ainda pergunta qual a ameaça que oferece à democracia Presidente criticou manifesto assinado por professores, artistas, procuradores e ex-ministros do STF em favor da democracia

28 de julho de 2022, 15h20 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) questionou a mobilização que a Carta pela Democracia está causando, depois que o documento ultrapassou mais de 100 mil assinaturas em 24 horas, . Em conversa com simpatizantes, na saída do Palácio da Alvorada, o mandatário perguntou se era uma ameaça para a democracia.

“Carta pela democracia? Qual ameaça estou oferecendo para a democracia?”, questionou Bolsonaro ao dar início ao assunto. Na fala, ele ainda acusou os presidentes de bancos de estarem patrocinando a mobilização.

“Você pode ver, esse negócio de carta aos brasileiros, da democracia, os banqueiros estão patrocinando. É (com) o Pix que eu dei uma paulada neles. Os bancos digitais, também nós facilitamos. Estamos acabando com o monopólio dos bancos. Estão perdendo o poder”, sugeriu o chefe do Executivo.

Na quarta-feira (28/7), enquanto caminhava para o Congresso Nacional para uma convenção partidária, Bolsonaro também teceu críticas à carta, a qual classificou como “cartinha”.

“Vivemos em um país democrático, defendemos a democracia. Não precisamos de nenhuma cartinha para falar que defendemos a democracia, e que queremos, cada vez mais, nós, cumprir e respeitar a Constituição”, pontuou Bolsonaro na ocasião.

Carta em defesa à democracia

A divulgação de uma Carta em Defesa da Democracia se tornou um dos principais fatos políticos da semana no Brasil por representar ampla união de ideologias políticas distantes uma das outras em quase tudo, mas consensuadas em apoio ao sistema eleitoral brasileiro.

Formulado por professores da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), o documento recebeu o apoio de políticos de esquerda e de direita, de economistas ortodoxos e heterodoxos; de advogados lavajatistas e garantistas e até mesmo de personagens que já estiveram ligados ao governo de Jair Bolsonaro.

Sem citar nomes justamente como tática para atrair uma ampla gama de apoios, a carta afirma que o Brasil “está passando por um momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições”.

O texto defende as urnas eletrônicas ao dizer que “o processo de apuração no país tem servido de exemplo no mundo, com respeito aos resultados e transição republicana de governo”.

Foto: Gustavo Moreno/Metrópoles

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