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Até os mortos recebem o auxílio emergencial pago pelo governo De acordo com relatório do órgão, prejuízo total com repasses irregulares do benefício social chega a 9,4 bilhões

28 de julho de 2022, 15h22 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Metrópoles

Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) aponta que o governo federal pagou auxílio emergencial a 135,7 mil pessoas mortas, entre 2020 e 2021 – durante o auge da pandemia de Covid-19. O prejuízo é de R$ 336,1 milhões aos cofres públicos.

O procedimento rotineiro da CGU visa averiguar eventuais falhas relacionadas a fraudes nos benefícios concedidos aos cidadãos brasileiros.

Dentre todos os pagamentos que não se enquadravam nos requisitos exigidos para o recebimento do auxílio, o governo desembolsou R$ 9,4 bilhões.

Veja os casos abaixo:

  • Beneficiários com indicativo de óbito anterior ao recebimento de parcela do benefício – 135, 7 mil casos;
  • com renda familiar mensal em desacordo com os critérios de elegibilidade – 1,1 milhão;
  • com vínculo empregatício formal ativo registrado na GFIP – 1, 9 milhão de casos;
  • com vínculo registrado no Siape – 8,8 mil casos;
  • com vínculos ativos com as Forças Armadas – 58,9 mil casos;
  • recebendo benefício previdenciário ou assistencial do INSS  – 867,9 mil casos;
  • recebendo Benefício de Preservação do Emprego e da Renda – 299 mil casos;
  • recebendo seguro-desemprego – 214 mil casos;
  • recebendo seguro-defeso – 197 mil casos;
  • agente público estadual, distrital ou municipal ou que possui outro tipo de vínculo com entidade pública dessas esferas – 675 mil casos.

Instituído em 2020 para ajudar os brasileiros mais afetados pelas consequências econômicas da pandemia de coronavírus, o auxílio emergencial foi retomado em 2021, quando custou R$ 59,5 bilhões aos cofres públicos.

Por ocasião da retomada dos pagamentos, a própria CGU fez uma série de recomendações ao Ministério da Cidadania e à Caixa Econômica Federal para minimizar fraudes que já haviam sido observadas em 2020.

Pensando nisso, o governo federal criou mecanismos para a devolução do auxílio recebido irregularmente.

Os cidadãos têm até seis meses, após o recebimento, para fazer a devolução voluntária e, se não o fizerem e forem identificados, receberão multas que podem chegar a 20% do valor devido e podem ter o nome publicado na Dívida Ativa da União.

Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

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