Home Política Foi um debate ríspido em que Lula não esteve bem, mas foi pior para Bolsonaro, confrontado por Tebet

Foi um debate ríspido em que Lula não esteve bem, mas foi pior para Bolsonaro, confrontado por Tebet

30 de agosto de 2022, 12h04 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

Por Hoje em Dia/Blog do Lindenberg – blogdolindenberg@hojeemdia.com.br

Foi um debate acalorado, ríspido até, entre os candidatos à Presidência da República, em que estiveram, domingo, o ex-presidente Lula (PT), o presidente Bolsonaro (PL), o ex-ministro de Lula, Ciro Gomes (PDT), a senadora Simone Tebet (MDB), Felipe d’Ávila (Novo) e Soraya Thronicke (União). Inicialmente estava acertado que Lula e Bolsonaro ficariam lado a lado, mas uma alma de bom senso, dizem que foi o GSI, os separou – o que certamente evitou um mal maior, até porque na plateia por pouco não houve uma briga entre o deputado André Janones, que apoia Lula, e o ex-ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, que apoia Bolsonaro. Voaram palavrões e os dois quase foram aos tapas.

Quem primeiro atacou, pela ordem das perguntas, foi Jair Bolsonaro. E já foi na jugular de Lula, pegando o tema da corrupção e citando um mundo de números, nem todos verdadeiros, como rebateu o ex-presidente que, na réplica, acusou Bolsonaro de estar destruindo o país. E por aí foram os dois digladiadores, cada um mais bravo do que o outro, a tal ponto que, segundo a pesquisa instantânea do Instituto Quaest, quem levou a melhor no debate foi Ciro Gomes, seguido da senadora Simone Tebet.

Bolsonaro atacou Vera pessoal e profissionalmente. “Vera, eu não poderia esperar outra coisa de você. Você dorme pensando em mim. Você deve ter alguma paixão por mim. Você é uma vergonha para o jornalismo brasileiro”

Mas se Bolsonaro foi o mais agressivo nas perguntas, a ponto de dizer que o governo Lula foi o mais corrupto da história, e ainda que o ex-presidente tenha elencado uma série de medidas que seu governo tomou para tornar a sua gestão mais transparente, Lula na réplica não voltou a tocar no tema da corrupção – até porque ele disse que já esperava essa pergunta de Bolsonaro – e tergiversou para falar das realizações de seu governo como a inclusão social, a geração da emprego, o aumento do salário-mínimo, investimento na agricultura familiar e na criação de universidades públicas e escolas técnicas federais. “É este país que o atual presidente da República está destruindo por que ele adora bravata”, rebateu Lula.

O debate foi nessa toada até que a jornalista Vera Magalhães, da TV Cultura, resolveu fazer uma pergunta a Ciro Gomes sobre a cobertura vacinal e sobre a Covid-19. Ah, pra quê! Enquanto Ciro respondia que tudo estava errado do país – sempre questionando Lula e os governos do PT – quando foi a vez de Bolsonaro comentar a resposta de Ciro aí o tempo esquentou porque Bolsonaro atacou Vera pessoal e profissionalmente, nesses termos: “Vera, eu não poderia esperar outra coisa de você. Você dorme pensando em mim. Você deve ter alguma paixão por mim. Você é uma vergonha para o jornalismo brasileiro”.

Aí o caldo entornou de vez com as mulheres, mas não só elas, Ciro Gomes também, mas principalmente Soraya e Simone partindo para cima de Bolsonaro naquilo que pode ter sido o pior momento do debate – pelo menos para o atual presidente – cabendo a Soraya a resposta mais contundente: “”Quando homens são tchutchuca com outros homens mas vêm pra cima da gente sendo tigrão, eu fico brava e não aceito esse tipo de xingamento, de comportamento, acima de tudo para disseminar o ódio entre os brasileiros, para nos dividir”.

Se para o ex-presidente Lula o debate não lhe trouxe maiores dividendos, para o presidente Bolsonaro foi pior porque seguramente lhe trouxe desgastes, tanto é que ele cancelou o debate na Jovem Pan, ontem, cabendo à senadora Simone Tebet o arremate final no presidente da República ao lhe dizer, quase lado a lado: “Eu não tenho medo de você!”

Foto: Reprodução

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