Home Brasil Justiça do DF manda apagar matérias sobre imóveis da família Bolsonaro

Justiça do DF manda apagar matérias sobre imóveis da família Bolsonaro As publicações, feitas em agosto e setembro, detalhavam transações e compras de residências em dinheiro vivo

23 de setembro de 2022, 14h18 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

Por Metrópoles

O desembargador Demétrius Gomes Cavalcanti, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), mandou o portal de notícias UOL apagar duas matérias sobre suposta compra de imóveis por membros da família do presidente Jair Bolsonaro (PL) com dinheiro vivo.

A liminar, que está em segredo de Justiça, atende a um pedido do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente, também mencionado nas matérias jornalísticas.

Demétrius se baseou no argumento utilizado pela defesa do parlamentar, alegando que a reportagem, ao produzir as matérias, usou como fonte uma investigação que foi anulada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“Tais matérias foram veiculadas quando já se tinha conhecimento da anulação da investigação, o que reflete que tenham os requeridos excedido o direito de livre informar. A uma, porque obtiveram algumas informações sigilosas contidas em investigação criminal anulada e, a duas, porque vincularam fatos (compra de imóveis com dinheiro em espécie), cuja divulgação lhes é legítima, a suposições (o dinheiro teria proveniência ilícita) não submetidas ao crivo do Poder Judiciário, ao menos, até o momento”, diz trecho da decisão.

No Twitter, Flávio ligou o veículo de imprensa e os jornalistas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que é o principal adversário do presidente Bolsonaro nas eleições.

“Justiça entende que lulistas do Uol inventaram enredo mentiroso e criminoso sobre imóveis para atacar Bolsonaro na eleição”, escreveu.

Veja o tuite:

O canal de imprensa afirmou que cumprirá a decisão liminar do magistrado, mas recorrerá.

“A decisão [do TJDFT] viola precedentes estabelecidos no sistema jurídico brasileiro e pretende retirar do debate público, às vésperas da eleição, informações relevantes sobre o patrimônio de agentes públicos”, pontuou a advogada do portal, Mônica Filgueiras Galvão.

Foto: Reprodução

LEIA TAMBÉM

Envie seu comentário