Por Metrópoles
Em evento com cerca de 200 pastores em São Paulo, o ex-presidente e candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou, na manhã desta quarta-feira (19/10), a carta para evangélicos. No discurso, Lula reforçou defender a liberdade religiosa e a família, e criticou lideranças católicas e evangélicas que “tiram proveito” da posição de poder para influenciar fiéis.
O candidato publica o documento a 11 dias do 2° turno das eleições. A carta de aproximação ao grupo religioso foi divulgada após semanas de especulações e resistência por parte de Lula.
“Eu defendo que as pessoas participem da política, mas, se um pastor quer fazer política, ele que vá para a rua fazer política, não pode é fazer na igreja. Se um padre quiser fazer política, que saia, mas não tire proveito do altar para fazer política. Saia, vá para a rua, vá defender ou questionar o que quiser”, discursou Lula aos mais de 300 convidados no evento de divulgação.
O ex-presidente indicou que, em uma eventual vitória, as igrejas poderão atuar junto ao governo em ações sociais. “Grande parte das políticas sociais que o governo faz pode ser feita também pelas igrejas. As igrejas católica e evangélica têm serviços prestados em várias áreas. As igrejas são melhores que o governo, custam mais barato”, acrescentou.
Carta para os evangélicos
O compromisso de campanha começou relembrando os feitos pela liberdade religiosa durante seus governos. “Senti a necessidade de reafirmar meu compromisso com a liberdade de expressão e de culto”, consta na carta assinada por Lula. “Meu governo não adotará qualquer medida que fira a liberdade de culto”, continuou o documento.
“A tentativa de uso político da fé não ajuda ninguém”, afirmou Lula na carta. O ex-presidente ainda disse que é um “triste escândalo de uso da fé” o que está acontecendo nestas eleições.
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