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Acampamento no QG de Brasília virou um torra em que se vende de tudo Os manifestantes acampados em frente ao QG do Exército, em Brasília, questionam a eleição de Lula e pedem a prisão de Alexandre de Moraes

1 de dezembro de 2022, 11h32 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

Por Metrópoles

Um mês após a eleição de Lula (PT) como presidente da República, manifestantes mantêm o acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. O local – que inicialmente disponibilizava apenas serviços básicos, como alimentação e banheiros químicos – evoluiu e, agora, também oferece atividades para aliviar o estresse, como massagem, tenda de “abrigo para conexão humanitária” e fantoche para crianças.

Os cidadãos que questionam o resultado das eleições e são contrários à posse de Lula começaram a se mobilizar em 30 de outubro, data do segundo turno que consagrou o petista como vencedor.

O acampamento virou um point da militância contra Lula. No local, há manifestantes fixos, que moram em barracas. E também há os militantes do tipo visitante, que vão passear no local com a família e até mesmo os pets, mas ficam por curtos períodos de tempo.

Entre as tendas oficiais dos organizadores que distribuem alimentação gratuita e as barracas nas quais os manifestantes dormem, o comércio funciona a todo vapor. Os ambulantes vendem diversos produtos, em um esquema bem semelhante a uma feira.

Os itens mais comuns são camisetas falsificadas da Seleção Brasileira, vendidas a partir de R$ 30, e bandeiras do Brasil, ícones da direita. Os ambulantes também comercializam cuecas por R$ 10, meias, calças, shorts, chinelos e botinas.

Uma das maiores tendas está cercada por dezenas de tomadas improvisadas, que ficam à disposição dos manifestantes. Eles podem usá-las sem cobrança, e há caixinha de doação e um PIX disponível para quem quiser contribuir com o custeio do combustível do gerador que alimenta o sistema.

Ao lado da tenda das tomadas, ambulantes comercializam carregadores de celular – há alguns usados, vendidos por R$ 20, e os novos saem a partir de R$ 25.

Veja imagens do acampamento:

Alexandre de Moraes

Produtos com a imagem de Jair Bolsonaro (PL), como broches e copos, também são comercializados na feira do acampamento patriota, mas em pouca escala.

Os manifestantes, cansados de esperar por uma ação de Bolsonaro para impedir a posse de Lula, voltaram as esperanças para as Forças Armadas. Pedem que elas “salvem o Brasil”.

Um dos integrantes do movimento disse, em frente ao QG do Exército, que a “salvação” virá do Congresso. A ideia, segundo ele, é que senadores peçam aos chefes das Forças Armadas que cumpram o artigo 142 da Constituição. A norma prevê que a Marinha, o Exército e a Aeronáutica “destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.

Na quarta-feira à tarde, um grupo acompanhava, debaixo de uma das tendas, um grande telão que transmitia a sessão da Comissão de Transparência, do Senado. Na ocasião, os parlamentares discutiam a denúncia do PL sobre suposta irregularidade na inserção de propaganda eleitoral.

Foto: Igo Estrela/Metrópoles

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