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“Ainda tem muita gente para prender e muita multa para aplicar”, anunciou Alexandre de Moraes

14 de dezembro de 2022, 15h16 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

Por Reporter Brasília

O ministro Alexandre de Moraes, e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quarta-feira (14) que “ainda tem muita gente para prender e muita multa para aplicar”.

Moraes deu a declaração ao discursar no seminário “STF em ação”, cujo tema foi “O Guardião da Constituição e a Harmonia entre os Poderes”. O ministro não deu detalhes nem citou caso específico.

Antes de Moraes, discursou o ministro Dias Toffoli. O magistrado citou a invasão ao Capitólio, nos EUA, em janeiro de 2021, e afirmou que 964 pessoas foram detidas e duas condenadas por conspiração.

Moraes falando depois, declarou: “Fiquei feliz com a fala do ministro Toffoli porque, comparando os números, ainda tem muita gente para prender e muita multa para aplicar.”

Atos de vandalismo em Brasília

Na segunda-feira (12), bolsonaristas radicais praticaram atos de vandalismo em Brasília após o STF ter decretado a prisão temporária do indígena José Acácio Tserere Xavante, suspeito de participar de atos antidemocráticos e reunir pessoas para cometer crimes.

Durante os atos de vandalismo, os manifestantes tentaram invadir o prédio da Polícia Federal, depredaram uma delegacia da Polícia Civil e atearam fogo em veículos como ônibus e carros.

Sem meias palavras, Lula acusa Bolsonaro de incentivar “Badernas cometidas por extremistas, em Brasília”

Foto: Reprodução/Reporter Brasília

Integrantes do futuro governo Lula elevam tom contra baderneiros que vandalizaram centro de Brasília e avisam: “absolutamente todos” os envolvidos estão sendo identificados. Presidente eleito acusa Jair Bolsonaro de estimular manifestações nas ruas.

Um duro discurso sobre a baderna provocada por extremistas que queimaram veículos e promoveram cenas de terrorismo em Brasília na noite de segunda-feira, foi feito pela cúpula do Governo de Transição. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva atribuiu a responsabilidade ao atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro. “Esse cidadão continua incentivando os ativistas fascistas que estão na rua”, enfatizou o petista, durante a cerimônia de encerramento dos trabalhos do gabinete provisório, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). “Ele segue o rito que todos os fascistas seguem no mundo. É importante a gente saber que eles fazem parte de uma organização de extrema direita que não existe só no Brasil. Esse grupo veio para negar. Veio em nome de defender os costumes, a família, e o que mais fazem é negar as coisas da própria família.”

Vandalismo em Brasília

Deputados de diversos partidos continuam cobrando da tribuna o Plenário da Câmara a identificação dos responsáveis pelos atos de depredação e vandalismo ocorridos no centro de Brasília na noite de segunda-feira, quando um grupo armado com paus, fogos de artifício e até botijões de gás incendiou ônibus e carros e tentou invadir a sede da Polícia Federal.

Apoiadores de Bolsonaro

Maria do Rosário | Foto: Reprodução/Reporter Brasília

Deputados do PT e do PSol atribuíram os atos a apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. A deputada Maria do Rosário (PT/RS) responsabilizou diretamente o presidente Jair Bolsonaro. Na opinião de Maria do Rosário, trata-se de grupo terrorista organizado, que está utilizando da boa-fé de muitas pessoas até o momento, mas certamente desmascarado a cada dia mais. “O responsável por esta política de ódio ainda encontra-se no Palácio da Alvorada. Faltam poucos dias para o ódio ser deixado de lado, mas um alerta: é preciso que toda a responsabilização aconteça”, acentuou a parlamentar.

Atos de terrorismo

Foto: Reprodução/Reporter Brasília

O deputado Ivan Valente (Psol/SP) classificou os atos como terrorismo. Mas eu quero dizer que o capitólio tupiniquim foi segunda-feira à noite aqui em Brasília, com o mandado de prisão pedido pela PGR, que o Alexandre de Moraes assinou, de um indígena financiado pelos agrotrogloditas de Mato Grosso, golpista, bolsonarista, que depois faz um vídeo na Polícia Federal pedindo que todos saiam. Enquanto isso incendiavam ônibus. Fizeram terrorismo”, acentuou.

Pessoas infiltradas

Deputados aliados do presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, atribuíram a violência a pessoas infiltradas. Foi o que disse o deputado Carlos Jordy (PL/RJ) Carlos Jordy. “Quem tem esta prática de terrorismo, de militante terrorista, são eles, são os black blocs, o MST, MTST”.

Eduardo: “Não eram as tias do zap”

Foto: Reprodução/Reporter Brasília

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL/SP) foi na mesma linha. “É claro, né, a esquerda, junto com aquela parte maravilhosa da imprensa, querem dizer que os bolsonaristas saíram dos quartéis e foram tocar fogo na rua. Quem tem expertise em tocar fogo na rua, fechar e bloquear estradas, é a esquerda. E não é estranho porque os caras que estavam lá ontem tinham máscaras de black block, de antifas, se organizavam igual a eles. Então toda a pinta ali de que realmente não eram as tias do zap, de verde e amarelo e que comumente fazem as manifestações a favor do governo Bolsonaro”.

Guerrilha em Brasília

A guerrilha ocorrida em Brasília, não foi feita poirsnapoiadores de Bolslnaro, afirmou o deputado Bibo Nunes (PL/RS), em nota.“Dizer que quem cometeu vandalismo, em Brasília, segunda-feira (12), foram bolsonaristas é um crime, além de ser uma acusação sem fundamento algum. Destruição, carros incendiados e bombas não representam o modus operandi da direita.

Sabe-se que as manifestações de quem veste verde e amarelo não são frequentadas por vândalos, mas, sim, por quem acredita na democracia e respeita a Constituição. Bolsonaristas não têm esse perfil de apoiar a desordem, a violência.

As manifestações da direita são marcadas pela união em prol do melhor para o país. A nossa força é o patriotismo. A maneira que nos manifestamos é vestindo verde e amarelo, levando a bandeira do país a tiracolo e expondo nossa opinião política na companhia das nossas famílias.

Os incendiários, que provocaram clima de guerrilha ontem, gritavam “fora Bolsonaro”, demonstrando para que vieram. Essa é a esquerda radical querendo culpar direitistas patriotas. Mas não vamos aceitar essa acusação e temos como provar o que falamos. Nas minhas redes sociais, publiquei o vídeo que comprova isso”.

Momentos de pânico

A punição dos envolvidos está sendo exigida por parlamentares de outros partidos. Foi o caso do deputado Max Beltrão (PP/AL) que testemunhou o episódio e relatou momentos de pânico. “O que aconteceu ontem (12) foram alguns criminosos fazendo manifestações totalmente com ato de terrorismo. Eu estava lá presente, no churrasquinho da Tia, onde passaram várias pessoas com bandeiras, jogando pedras, jogando pau, ateando fogo em veículos, causando pânico, e isso tem que ser investigado, e que essas pessoas que praticaram estes atos de vandalismo, que sejam identificadas com rapidez e punidas com o rigor da lei”.

Na mídia do mundo

Foto: Reprodução/Reporter Brasília

“O país não pode aceitar ações como esta,” afirmou o deputado Alexandre Frota (Pros/SP) destacando que “nós não podemos mais permitir isso neste país e esta casa tem que se fazer presente para punir estes vândalos criminosos que fizeram estas ações, que já extrapolaram e já estão na mídia pelo mundo”.

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou que nenhum envolvido nos atos de vandalismo foi preso.

Foto: Reprodução/Reporter Brasília

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