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Mourão deixa Jaburu até 26 de dezembro para chegada de Alckmin Futuro senador, Mourão disse ao Metrópoles que sua nova residência será no Jardim Botânico, região administrativa do DF

16 de dezembro de 2022, 18h03 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Metrópoles

O atual vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos), confirmou ao Metrópoles que desocupará o Palácio do Jaburu até 26 de dezembro para chegada de Geraldo Alckmin (PSB).

Tombado como patrimônio como Patrimônio Cultural pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Palácio do Jaburu foi projetado para ser residência oficial do vice-presidente da República, dentro da concepção urbanística proposta por Lúcio Costa para Brasília.

Os seus 4.283 metros quadrados privilegiam mais a área externa, com generosas varandas, do que as áreas comuns, como os salões, cujas dimensões se aproximam das de outras residências e não dos palácios tradicionais.

Desde que foi inaugurado, foi usado por todos os vices, exceto por curtos períodos entre 1985 e 1990 e entre 2016 e 2018, quando José Sarney e Michel Temer continuaram a usar o palácio após tornarem-se presidentes.

Segundo Mourão, no dia seguinte ao Natal, ele e a esposa já devem ocupar a nova residência, que será localizada na região administrativo do Distrito Federal, Jardim Botânico. O trajeto até a região central de Brasília dá cerca de 20 minutos.

Predominantemente arborizada, a nova área é composta por condomínios fechados, com vigililância 24 horas por dia. Próximo à região, também há o Jardim Botânico de Brasília, que é uma área de proteção ambiental, localizada às margens do Lago Paranoá.

O novo lar condiz com a personalidade de Mourão, uma vez que o general tem um perfil que leva em conta a qualidade de vida e a prática de esportes. Questionado sobre o que levará do Palácio do Jaburu, o general disse: “Sentirei falta da equipe que lá trabalha, bem como da beleza natural que caracteriza o Palácio”.

O vice-presidente adotou a prática de fazer equitação – montar cavalos – ao menos duas vezes na semana, geralmente às terças e quinta-feiras, além das corridas e pedaladas matinais, nas quais já foi fotografado diversas vezes ao lado de seguranças ou da esposa, Paula Mourão.

Mourão sai, Alckmin entra

Vice-presidente eleito na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) será o ocupante do palácio pelos próximos quatro anos. Segundo o próprio Mourão, as mudanças já vinham sendo discutidas desde o início da transição, em novembro.

Já na segunda semana do mês passado, Paula e Maria Lúcia Alckmin se encontraram para discutir questões de mudança e logísitica da transição da residência. Duas semanas depois, no dia 29, Mourão e Alckmin se encontraram para uma conversa, pela primeira vez, no Palácio do Planalto. O pedido da reunião partiu do vice-presidente eleito.

“Ele veio querer saber quais são as atividades que a Vice-Presidência está fazendo, estrutura e número de cargos. Ele me telefonou ontem e pediu um café”, disse Mourão na ocasião.

Natural de Pindamonhangaba (SP), Alckmin foi governador de São Paulo entre 2001 e 2006 e entre 2011 a 2018. Antes, foi vice-governador de 1995 a 2001, deputado federal (1987-1995), deputado estadual (1983-1987), prefeito de Pindamonhangaba (1977-1982) e vereador de Pindamonhangaba (1973-1977).

Alckmin e Lula se enfrentaram no segundo turno da eleição presidencial de 2006, quando Lula foi reeleito. Ele também foi, entre 2017 e 2019, presidente nacional do PSDB, partido pelo qual esteve filiado por 33 anos.

O ex-tucano também disputou a eleição presidencial de 2018, ficando em quarto lugar, com 4,7% dos votos válidos. Na ocasião, o atual presidente do país, Jair Bolsonaro (PL), saiu vencedor.

Senado Federal

Eleito senador pelo Rio Grande do Sul, com 2.593.294 votos, Mourão sairá do Palácio do Jaburu para o Congresso Nacional, onde permanecerá por 8 anos.

Em regra, a cada senador eleito é disponibilizado um imóvel funcional. O benefício é regulamentado pelo Decreto n° 980/1993, e se aplica a 504 apartamentos funcionais localizados em Brasília, de posse da União.

Os senadores que preferem não ocupar apartamentos funcionais – como é o caso do general Mourão – podem optar por um auxílio-moradia no valor mensal de R$ 5.500,00, com a finalidade de cobrir despesas com aluguel ou diária de hotel.

Foto: Igo Estrela/Metrópoles

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