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Ex-assessor: Renan Bolsonaro “vivia” no escritório de empresário preso Empresário Maciel Carvalho foi preso nesta quinta-feira (5/1); Polícia apreendeu carteira de motorista de Jair Renan Bolsonaro no escritório

5 de janeiro de 2023, 16h29 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Metrópoles

O influenciador digital Diego Pupe, ex-assessor de Jair Renan Bolsonaro, afirmou que o empresário Maciel Carvalho, homem de confiança de Jair Renan e preso pela Polícia Civil do DF nesta quinta-feira (5/1), recebia o filho do ex-presidente com frequência em seu escritório, onde a Polícia Civil apreendeu a carteira de motorista do filho de Jair Bolsonaro.

“O Renan vivia lá, né? Deve ter esquecido o documento”, disse Pupe em entrevista à coluna nesta quinta-feira (5/1). Pupe disse ainda que Maciel já exibiu um alto valor em sua conta bancária e dizia ser “tudo”: coach, advogado, professor de oratória, empreendedor e professor de tiro.

Preso, Maciel é investigado pelos crimes de posse, porte e comércio ilegal de armas de fogo. Segundo investigação da Polícia Civil do DF, Maciel estava em liberdade provisória e usava CPFs falsos para ocultar antecedentes criminais e conseguir o registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Com o documento, conseguiu comprar um arsenal de armas de fogo.

“Parabéns à Polícia Civil pela operação. O Renan e Maciel já me acusaram de fazer coisa errada, de dar golpe, então achei muito bom”, afirmou o ex-assessor de Jair Renan.

Leia os principais trechos da entrevista:

Como você conheceu Maciel Carvalho?

Foi no início do ano passado, por meio de um amigo em comum. O Maciel deu aula de tiros para mim e para o Jair Renan. Fizemos três aulas de tiro com ele em março do ano passado. Foi no clube 61, da empresa 357. Recebi um certificado inicial de manuseamento de armas. Era o início do processo para obter a licença de CAC. Eu consegui o certificado completo em outra empresa, com um professor de verdade, que não usa documentos falsos.

Qual é sua ligação com Maciel hoje?

Na época das aulas de tiro, eu e Jair Renan fizemos um contrato com a 357, empresa do Maciel, para serviços de publicidade no Instagram. Fizemos uma permuta: em troca das aulas de tiro, divulgamos a empresa dele nas redes sociais. Depois dessa operação da polícia, vou encerrar o contrato com urgência. Não quero me envolver nisso.

Além de Jair Renan Bolsonaro, você foi assessor da mãe dele, Ana Cristina. Como ela se tornou aluna de tiro de Maciel?

No meio de 2022, me desentendi com o Maciel e com o Jair Renan. Nos distanciamos. O Maciel começou a dar aulas de oratória e coaching para o Renan, e eu parei de fazer assessoria para o Renan e a Ana Cristina. Em duas vezes em junho, vi o carro do Maciel estacionado na casa do Renan, no Lago Sul. Depois, vi nas redes sociais que Maciel também passou a dar aulas de tiro para a Ana Cristina Bolsonaro.

Você estranhou algo na conduta de Maciel?

Era estranho ele dizer que era tudo, né? Ele se dizia advogado, coach, professor de oratória, professor de tiro, empreendedor e até pastor. Pensei: “Poxa, é uma pessoa muito estudada, isso tudo leva tempo”. Mas eu também estranhava que uma pessoa dessa cometesse vários erros de português no dia a dia, em conversas ao vivo e em mensagens.

Você suspeitava dos crimes apurados pela polícia?

Uma vez eu disse ao Maciel que precisava fazer algumas mudanças no meu perfil do Instagram. Ele me ofereceu um serviço e eu perguntei quanto custaria. Então, ele respondeu que dinheiro não era problema e me mostrou o saldo da conta dele. Não vou falar o valor aqui, mas era muito dinheiro na conta. Me chamou a atenção.

Por que a carteira de motorista de Jair Renan foi apreendida pela polícia na empresa de Maciel?

Não sei. Nem falo mais com o Maciel ou o Renan. Os dois já passaram na minha vida. Mas o Renan vivia lá na empresa, né? Deve ter esquecido o documento.

Pretende colaborar com a polícia?

Sim. Não tenho rabo preso com nenhum dos dois [Maciel e Jair Renan]. Parabéns à Polícia Civil pela operação. O Renan e Maciel já me acusaram de fazer coisa errada, de dar golpe, então achei muito bom. Em novembro, Maciel me mandou mensagem dizendo que eu “queria palco”. Confio no trabalho da Polícia Civil.

Foto: Reprodução

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