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PF deflagra operação que mira pagamentos da BRF a fiscais federais

1 de outubro de 2019, 17h49 | Por Carlos Lindenberg com Letícia Horsth

by Carlos Lindenberg com Letícia Horsth

Minas Gerais está entre os nove estados alvos da 4ª fase da Operação Carne Fraca, que cumpriu 68 mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (1º). Um mandado foi cumprido na capital mineira.

Além de Minas, a ação denominada “romanos” realizada pela Polícia Federal em parceria com o Ministério Público Federal, cumpre mandados no Paraná, em São Paulo, em Santa Catarina, em Goiás, no Mato Grosso, no Pará, no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro.

O inquérito apura sobre um esquema de corrupção envolvendo pagamentos de propina pela BRF Brasil Foods a Auditores Fiscais Agropecuários. A empresa que tem colaborado com as investigações, informou que pagou R$ 19 milhões em propina a 60 auditores fiscais agropecuários para ser beneficiada de forma indevida. Os valores eram pagos em espécie, por meio do custeio de planos de saúde e até mesmo por contratos fictícios firmados com pessoas jurídicas que representavam o interesse dos fiscais.

A prática ilegal teria sido interrompida no ano de 2017, quando o grupo passou por uma reestruturação interna. Desde então foram investigadas a venda de produtos vencidos, uso de produtos químicos nas carnes e até a presença de papelão nos alimentos.

Segundo o MPF, as vantagens pagas pela BRF aos servidores do Ministério da Agricultura eram feitas de três formas:planos de saúde ao fiscal e aos seus dependentes custeados pela empresa; pagamentos imotivados pela empresa diretamente aos fiscais para que não fiscalizassem fábricas da companhia e vantagens indiretas, como a promoção de parentes dos fiscais que eram funcionários da BRF.

Foto: Divulgação/Polícia Federal

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