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Privatização em Goiás motiva preocupação com futuro da Cemig Venda da companhia energética do estado do Centro-Oeste e suposta piora dos serviços serão debatidas na ALMG.

2 de outubro de 2019, 16h24 | Por Carlos Lindenberg com Letícia Horsth

by Carlos Lindenberg com Letícia Horsth

A Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai receber, nesta quinta-feira (3), membros da CPI da Enel, instalada no âmbito da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), para investigar a precariedade do serviço prestado e o aumento de tarifas ocorrido após a privatização da Companhia Energética de Goiás (Celg), há dois anos.

A audiência pública será realizada a partir das 10 horas, no Auditório José Alencar, a pedido do deputado Ulysses Gomes (PT). O parlamentar já esteve na Assembleia de Goiás para conhecer a atuação da CPI. Segundo ele, a privatização da companhia de energia elétrica teria resultado em uma piora nos serviços prestados à população daquele estado.

São esperados na reunião desta quinta-feira (3) o presidente e o relator da CPI da Enel, respectivamente os deputados Henrique Arantes (PTB) e Cairo Salim (Pros).

O deputado Ulysses Gomes afirmou ainda ter receio de que o mesmo ocorra em Minas Gerais, caso se concretize a proposta, do governador Romeu Zema, de privatizar a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

Durante a visita, Ulysses Gomes apurou que, desde a privatização da Celg, a conta de luz subiu 15,89% para consumidores residenciais, ou seja, um aumento cinco vezes maior que o da inflação. Outro dado que o preocupou: logo após a compra da companhia pela italiana Enel, em fevereiro de 2017, a empresa permanece classificada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) como a pior empresa de distribuição de energia elétrica do País.

Os dados relativos a 2018 indicam que o consumidor goiano ficou 26,61 horas sem energia, em média, enquanto a média nacional foi de 12,85 horas.

Os parlamentares goianos apuram o descumprimento de termos contratuais da privatização da Celg e de investimentos da nova empresa, os relatórios de gastos, a insuficiência de bens e de instalações relacionadas à prestação de serviço público de qualidade, além de outras irregularidades, referentes ao ano de 2017 e subsequentes.

Convidados – Também foram convidados a participar da reunião o secretário da CPI da Enel, Jocelino Antônio Laranjeiras Neto; o assessor adjunto do presidente da Assembleia de Goiás, Rubens Bueno Sardinha da Costa; e o coordenador-geral do Sindieletro de Minas Gerais, Jefferson Leandro Teixeira da Silva.

Fonte: ALMG

Foto: Clarissa Barçante

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