Por Itatiaia
Faltando um dia para a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de MG e o início da nova legislatura, o governo Zema ainda tenta emplacar um nome da base para a 1ª vice-presidência e, ao mesmo tempo, fazer com que a Casa tenha somente dois blocos – de governo, agrupando maioria dos deputados, e o de oposição, formado por integrantes da Federação de esquerda.
Apesar da intensidade de ligações e encontros, a coluna apurou que o governo não deve conseguir emplacar nenhuma das tentativas. A 1ª vice deve mesmo ficar com a deputada Leninha (PT), considerada como um nome pacificador dentro da federação de esquerda, sem ter nenhuma disputa interna, e cujo nome já havia sido alinhado pelo grupo com o deputado Tadeu Martins Leite (MDB), candidato único à presidência da Casa. Curiosamente, apesar das conversas para tentar emplacar um nome na 1ª vice, articuladores de Zema não chegaram a pontuar um nome definido para a vaga.
Já os blocos devem mesmo ser definidos entre base, oposição e um novo “blocão independente”. Lideranças da Casa já bateram o martelo de que a existência do bloco “terceira via” é essencial para, na visão dos parlamentares, manter uma atuação relevante sem depender do governo.
As duas decisões podem representar novas derrotas para a articulação política do governo Zema, que já não vive lá seus melhores dias. Na semana passada, a gestão estadual começou a viver certa crise interna depois de se ver “obrigada” a apoiar a candidatura única de Tadeuzinho. Depois de dois meses alavancando a candidatura de Roberto Andrade (Patriota), os articuladores de Zema optaram por abrir mão do nome e não correr o risco de perder a eleição – dividindo a Casa e perdendo a chance de articular com Tadeu em termos mais “iguais”.
Foto: Dilvulgação/ALMG