Por Itatiaia
A paralisação de professores da rede estadual de Minas Gerais deixa milhares de estudantes sem aula nesta quarta-feira (8), dois dias após o retorno das férias escolares. Ainda não há informações oficiais sobre a adesão no Estado, mas o movimento surpreendeu alunos de Contagem e de outra cidades. Por outro lado, em algumas instituições de Belo Horizonte, como o Estadual Central, as atividades ocorrem normalmente.
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) informou à Itatiaia não ter um balanço do movimento. A reportagem também questionou a Secretaria de Educação e aguarda posicionamento.
A decisão de cruzar os braços foi tomada nessa terça-feira (7), após o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) retirar da pauta o julgamento em busca de uma mediação entre as partes. Os professores cobram o pagamento do piso nacional da educação: R$4.420. O governo estadual paga R$2.340, mas entende que paga o piso por considerar a jornada proporcional de horas trabalhadas.
A decisão do TJMG foi anunciada após reunião desta terça-feira (7), mediada pela deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT) com o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Tadeu Leite, o qual recebeu a direção do Sind-UTE/MG.
“Foi evidenciado que a Lei Estadual n° 21.710/2015 que regulamentou o piso salarial como política remuneratória dos profissionais da Educação Básica, trata-se de importante conquista dos/as trabalhadores/as. A luta pelo pagamento do piso salarial em Minas Gerais sempre foi eixo principal da campanha salarial da categoria da Educação Básica como cumprimento do art. 6° da Lei Federal n° 11.738/2008 e do art. 206, VIII da Constituição Federal, além de ser uma forma de valorização do servidor na carreira. Assim, a implementação pelo Piso Salarial Profissional Nacional em Minas Gerais é uma luta dos/as profissionais da educação básica desde 2008”, diz trecho nota.
Foto: Gil Leonardi/Imprensa MG
