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“Governo tem direito de estabelecer sua política econômica”, diz Lula Presidente Lula mandou recados ao mercado financeiro em reunião com o Conselho Político de Coalizão, nesta quarta-feira (8/2)

8 de fevereiro de 2023, 14h07 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Metrópoles

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta quarta-feira (8/2), em reunião do Conselho Político de Coalizão, que o governo federal tem o direito de estabelecer sua política econômica. No discurso inicial, o petista não entrou nas críticas que vem fazendo de forma recorrente ao Banco Central (BC) e à taxa básica de juros, mas frisou que seu programa político foi eleito pelas urnas.

Lula recebeu, na manhã desta quarta-feira (8/2), no Palácio do Planalto, presidentes de partidos e líderes da base aliada no Congresso Nacional. Entre outros assuntos, o encontro tratou da reforma tributária, uma das primeiras prioridades do governo, que pretende aprovar o texto até o fim de 2023.

O mandatário falava ao grupo sobre a legitimidade do resultado eleitoral. “Ninguém tem que ter vergonha de ser deputado, senador, de achar que foi eleito por isso ou aquilo. Vocês foram eleitos pelo povo brasileiro e, portanto, todos vocês e todo o governo tem o direito de estabelecer a sua política econômica, tem o direito de estabelecer a sua política social”, apontou.

“E nós temos que tentar fazer, dentro das nossas possibilidades, aquilo que foi o propósito pelo qual nós ganhamos as eleições. Houve um programa, houve um discurso e houve uma votação. E o resultado somos nós”, continuou Lula.

“Licença para governar”

Ele ainda afirmou que não é necessário “pedir licença para governar”, mas sim cumprir o programa de governo apresentado na campanha eleitoral.

“A gente não tem que pedir licença para governar, a gente foi eleito para governar. A gente não tem que tentar agradar ninguém. A gente tem que agradar o povo brasileiro, que acreditou num programa que nos trouxe até aqui”, continuou.

O petista vem sido criticado pelas declarações contra o Banco Central, vistas pelo mercado como um “tiro no pé”, pelo potencial de gerar um resultado inverso ao que, em tese, pretende o presidente da República.

Ao longo da fala, Lula também defendeu uma relação “civilizada” com o Congresso e disse que não há tempo para ficar lembrando e discutindo as coisas do governo antecessor.

“Nós queremos estabelecer a relação mais civilizada possível com o Congresso Nacional. Nós temos que entender que o Congresso Nacional não é inimigo do governo. E o Congresso Nacional tem que entender que o governo não é inimigo do Congresso.”

Os participantes

O Conselho Político de Coalizão é um prosseguimento do Conselho Político que funcionou durante a transição. Ele reúne os partidos da base aliada do governo com representação no Congresso.

Participaram da reunião representantes das seguintes legendas: PT, PCdoB, PSol, PDT, PSB, PV, União Brasil, Solidariedade, Avante, Podemos, Patriota, Rede, Cidadania, PSD e MDB. Os líderes do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o vice-presidente Geraldo Alckmin também participam.

Entre os ministros convidados estão Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Marina Silva (Meio Ambiente) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia).

Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

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