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Romeu Zema e a explosão dos contratos sem licitação em Minas Gerais Administração de Romeu Zema como governador de Minas Gerais tem explosão de contratos celebrados com dispensa de licitação

23 de fevereiro de 2023, 08h16 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Metrópoles

O governo de Romeu Zema em Minas Gerais acumula uma explosão de contratos sem licitação. Ao longo de seus quatro primeiros anos como governador, o estado desembolsou R$ 9,6 bilhões em contratos na modalidade “dispensa de licitação”.

O valor representa 62% a mais na comparação com os quatro anos da gestão anterior, de Fernando Pimentel, que gastou R$ 5,9 bilhões em contratos do tipo.

O pico da gestão de Romeu Zema ocorreu em 2021, quando foram celebrados R$ 6,7 bilhões em contratos sem licitação. Procurado pela coluna, Zema se pronunciou por meio de nota enviada pela Secretaria de Planejamento.

Nela, o governo afirma que os dados apresentados no Portal da Transparência são “insuficientes para uma análise aprofundada sobre o tema”. Isso, alega, “por conta da autonomia administrativa de órgãos e entidades para a realização de processos licitatórios”.

O governo Zema afirma ainda que alguns fatores contribuíram para o crescimento dos contratos sem licitação. Entre eles, a decretação do estado de Calamidade Pública entre os anos de 2020 e 2021, decorrente da pandemia de Covid-19.

O governo mineiro cita também “a variação econômica dos preços e o aumento natural em decorrência da inflação no período da pandemia e flutuação de mercado”.

Quanto ao pico de 2021, a gestão Zema afirma que concentrou um gasto de R$ 4,2 bilhões com a empresa pública Minas Gerais Administração e Serviços S.A. O contrato, diz, foi para “prestação de serviços visando a continuidade do fluxo dos trabalhos executados no âmbito das atividades meio dos 46 órgãos e entidades do Estado por um período de 60 meses”.

O governo alega que “a contratação centralizada, por meio de um único contrato corporativo, gerou redução dos preços e maior racionalidade processual”.

Foto: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil

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