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O possível plano de paz que Lula oferece a russos e ucranianos

25 de fevereiro de 2023, 07h58 | Por Redação - Blog do Lindenberg

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Por Hoje em dia / Blog do Lindeberg

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parece mesmo disposto a propor o que e chama de pacto de amizade entre o presidente russo Vladimir Putin e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Para o presidente Lula é preciso que alguém tome a iniciativa de propor esse plano de paz entre os dois beligerantes, só que, para ele, esse plano incluiria a China, países da América Latina, além da Índia. Na verdade, o que o presidente brasileiro estaria propondo é o que chama de Plano Sul Global.

A ideia surgiu a partir do que Lula chegou a dizer que seria necessário: que alguém tivesse a lucidez de propor a ideia aos governos da Rússia e da Ucrânia. Algo aparentemente simples. Pois bem. O presidente Zelensky topou a ideia, ao contrário de seu colega russo, que impõe uma série de condições, entre as quais a anexação da Crimeia ao território russo, algo inaceitável para Zelensky, que não admite ceder um centímetro de seu território aos russos. Putin, no ano passado, esteve com o então presidente Jair Bolsonaro, que foi ao encontro de seu então parceiro, desprezando Zelensky que, agora, em entrevista ao enviado ao SBT à Ucrânia, disse que está “ansioso para encontrar-se com Lula e gostaria que ele me ajudasse para conversar com a América Latina, olho no olho, cara a cara, porque só assim a Ucrânia será compreendida”.

O aceno de Lula aos beligerantes não foi bem recebido pelos Estados Unidos, embora de certa forma tenha sido bem visto pelos russos. Ao mesmo tempo, o governo norte-americano e a União Europeia resolveram endurecer o jogo com os russos, enviando mais aviões, tanques além de mais restrições comerciais aos russos, no que, evidentemente, não ajuda nesse esforço de paz acenado pelo governo Lula.

Puxando o assunto para cá, até pela proximidade do fato, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello disse nessa sexta-feira que avisou ao comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, que iria participar de um ato político como presidente da época, Jair Bolsonaro.

A declaração de Pazuello muda sua posição diante do que se considerava uma infração grave, dados os dispositivos do Exército, que proíbem generais da ativa de participarem de atos políticos. Pazuello chegou a dizer que só pegou no microfone porque o então presidente da República praticamente o instou a falar, chegando o microfone perto de sua boca, sem aviso prévio de que ele iria discursar.

Este é um ponto que precisa ser melhor explicado até pelas implicações que podem levar Bolsonaro a responder por essa insistência.

Contudo, Pazuello escapou de uma punição, diante dessa suposta iniciativa de Bolsonaro, porque é fato considerado gravíssimo um general da ativa participar de atos políticos, no que foi entendido na época como um precedente e um estímulo à bolsonarização entre integrantes das Forças Armadas.

A defesa de Pazuello veio à tona diante da Lei de Acesso à Informação feita pela Folha de São Paulo e após cair o sigilo de 100 anos imposto pelo então presidente da República, Jair Bolsonaro. Nela, Pazuello diz ainda que o evento não era político-partidário porque Bolsonaro não estava inscrito em nenhum partido político na época. Mas esse caso ainda vai longe. É só esperar um pouco mais.

Foto: reprodução/ Blog do Lindenberg

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