Por CNN
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que visitará a Ucrânia “quando for o melhor momento”.
Em videoconferência, realizada na tarde desta quinta-feira (2), Zelensky reafirmou convite, feito anteriormente por meio de interlocutores diplomáticos, que Lula visite a Ucrânia para conhecer a realidade do país europeu.
A resposta de Lula foi, segundo relatos feitos à CNN, evasiva, sem responder diretamente ao convite de Zelensky.
A expectativa de aliados do ucraniano era de que Lula aproveitasse viagem à China, programada para o final deste mês, para fazer uma parada na Ucrânia.
Segundo assessores do governo, no entanto, dificilmente Lula visitaria o país europeu, sobretudo diante do discurso do presidente brasileiro de atuar como um mediador do conflito, sem tomar partido nem da Ucrânia nem da Rússia na guerra que já dura um ano.
A videoconferência feita pelo presidente brasileiro à Zelensky durou cerca de meia hora. Na conversa, Lula mencionou a necessidade de mais diálogo para se chegar a um acordo de paz.
O diálogo se dá em um momento em que o petista tenta se consolidar com protagonista de um acordo de paz, com a sugestão para a formação de um grupo de países às margens do conflito pra mediar as tratativas.
O presidente ucraniano também usou sua conta no Twitter para comentar a conversa com Lula.
I had a phone call with President of 🇧🇷 @LulaOficial. Thanked for supporting our @UN resolution. We highlighted importance of upholding the principle of sovereignty & territorial integrity of states. We also discussed diplomatic efforts to bring peace back to 🇺🇦 and the world.
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) March 2, 2023
A ideia de uma espécie de ‘clube da paz’ será levada ao presidente da China Xi JinPing, em encontro previsto no próximo dia 28.
Na semana passada, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Galuzin, afirmou à imprensa local que avalia sugestão de Lula para mediar a paz na Ucrânia.
Foto: Ukrinform/Future Publishing via Getty Images / Mariana Greif/Reuters