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PF não perdoa e vai atrás de quem participou dos atos terroristas de janeiro Polícia Federal cumpre 46 mandados de busca e apreensão, bem como 32 de prisão, nesta 6ª feira

17 de março de 2023, 09h46 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Metrópoles

O capitão-de-mar-e-guerra reformado Vilmar José Fortuna (foto em destaque), que participou dos atos terroristas de 8 de janeiro em Brasília, foi alvo de busca e apreensão, no Distrito Federal, no âmbito da 8ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (17/3).

O militar foi exonerado do cargo que ocupava no Ministério da Defesa após participar dos atos na Esplanada dos Ministérios. Ele trabalhava como assessor da pasta desde 2013, segundo o perfil do investigado no LinkedIn.

O capitão-de-mar-e-guerra estava designado a uma “tarefa por tempo certo”, modalidade definida pelas Forças Armadas para contratar servidores da reserva ou reformados como auxiliares no Poder Executivo. No entanto, trata-se de função diferente de cargos comissionados comuns, também usados por militares.

Nesse tipo de cargo, a lotação é no Ministério da Defesa, mas cabe à Marinha a eventual dispensa da função, como ocorreu com Vilmar José. Como militar reformado lotado no órgão, ele recebeu salário de R$ 35 mil por mês, no ano passado, segundo o Portal da Transparência.

Outros alvos

A coluna Na Mira apurou que um dos alvos de mandado de prisão da oitava fase da operação é a suspeita de pichar a estátua da Justiça, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), com a frase “perdeu, mané”.

A frase faz referência à resposta que o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, deu a bolsonaristas após ser hostilizado em um aeroporto. A presa foi identificada como Debora Rodrigues dos Santos.

Outro investigado preso é Nelson Ribeiro Fonseca Junior, suspeito de levar, da Câmara dos Deputados, a bola assinada pelo jogador Neymar. Ambos foram presos.

As equipes cumprem 46 mandados de busca e apreensão e 32 de prisão preventiva no Distrito Federal e nos seguintes estados: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul e São Paulo.

A oitava fase da Operação Lesa Pátria visa identificar pessoas que participaram, financiaram, omitiram-se ou fomentaram os fatos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília.

Na ocasião, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram as sedes dos Três Poderes, causando caos generalizado na Esplanada dos Ministérios.

Os participantes dos atos golpistas são suspeitos de cometer os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Onde são cumpridos os mandados

  • Bahia: dois mandados de busca e apreensão e dois de prisão;
  • Distrito Federal: dois mandados de busca e apreensão;
  • Espírito Santo: um mandado de busca e apreensão e um de prisão;
  • Goiás: dois mandados de busca e apreensão e dois de prisão;
  • Maranhão: um mandado de busca e apreensão e um de prisão;
  • Minas Gerais: nove mandados de busca e apreensão e oito de prisão;
  • Paraná: dois mandados de busca e apreensão e dois de prisão;
  • Rondônia: 11 mandados de busca e apreensão;
  • Rio Grande do Sul: três mandados de busca e apreensão e três de prisão;
  • São Paulo: 13 mandados de busca e apreensão e 13 de prisão.

Foto: Reprodução

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