Home CMBH Vereador agredido vai pedir cassação de mandato de suposto agressor em sessão plenária

Vereador agredido vai pedir cassação de mandato de suposto agressor em sessão plenária Mateus Simões (Novo) derrubou Gilson Reis (PCdoB) com um empurrão após desentendimento durante sessão de votação do Projeto de Lei "Escola Sem Partido"

10 de outubro de 2019, 00h30 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

Um debate sobre o Projeto de Lei 274/17, conhecido como Escola Sem Partido, acabou em confusão, na noite desta quarta-feira (9), na Câmara Municipal de Belo Horizonte. Após uma tarde marcada por confusão entre o público presente na galeria e seguranças, houve também conflito entre vereadores na Casa.

Apoiadores da proposta que acompanhavam a votação teriam feito ameaças ao vereador Gilson Reis do PCdoB, além de manifestos dizendo “Fascistas não passarão”. Pelas imagens é possível ver que várias pessoas se envolvem na confusão e são detidas por homens que seriam seguranças da CMBH. A pedido do vereador Henrique Braga, que presidia a sessão, a galeria foi esvaziada.

Já a briga entre os parlamentares começou durante uma reunião extraordinária realizada à noite, no discurso do vereador Gilson Reis (PCdoB), que é contra o projeto, com o parlamentar Mateus Simões (Novo), que é apoiador da proposta. O atrito aconteceu no momento em que Mateus Simões e Bella Gonçalves (PSOL) estavam na fila do microfone para se manifestarem. A vereadora afirmou que o parlamentar do Novo havia tentado tirar o microfone de sua mão, instante em que começou a confusão.

A câmera da CMBH mostrou o momento em que Simões empurra Reis, que chega a cair no chão. O vereador do Novo, porém, diz que teria sido empurrado primeiro. A presidente da Casa, vereadora Nely Aquino (PRTB) suspendeu a sessão e determinou que a galeria fosse esvaziada.


 

Após as agressões, o vereador Henrique Braga (PSDB) disse que analisaria nas imagens quem empurrou quem. Entretanto, ao retomar os trabalhos, disse que não foi possível avaliar pelas imagens disponíveis.

Reis classificou o episódio de violento, que a Câmara não é lugar de violência e que nesta quinta-feira (10) irá protocolar uma representação contra o parlamentar do Novo por quebra de decoro.

A Escola Sem Partido é defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). No mês passado, a então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, encerrou seu mandato de dois anos entrando com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender qualquer política pública que “autorize ou promova censura a docentes no ambiente escolar”.

Foto: Reprodução/ TV Câmara Municipal de BH

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