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Projeto que pode suspender aumento da passagem em BH é protocolado na Câmara Presidência do Legislativo municipal diz que 17 vereadores assinaram texto para sustar decreto do prefeito Fuad Noman (PSD) sobre a cobrança de R$ 6 a usuários dos coletivos

24 de abril de 2023, 17h29 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Itatiaia

O Projeto de Resolução (PRE) que pode anular o aumento, a R$ 6, da passagem de ônibus em Belo Horizonte, já foi formalmente entregue à Câmara Municipal. Nesta segunda-feira (24), o grupo de vereadores favorável à anulação do decreto em que o prefeito Fuad Noman (PSD) determinou o reajuste.

Segundo o presidente da Câmara Municipal, Gabriel Azevedo (sem partido), o PRE foi protocolado com 17 assinaturas. Para que o texto comece a tramitar, é preciso que haja 14 subscrições. Portanto, podem haver três desistências até o início da análise.

A lista de assinaturas tem vereadores de Novo, PT, Solidariedade, Psol, PTB, PMN, PSDB, Patriota, Republicanos, Podemos, PSD e PL.

Na semana passada, os petistas Pedro Patrus e Bruno Pedralva, além de Cesar Gordin (Solidariedade), comunicaram aos colegas o desejo de retirar suas adesões da proposta. Segundo a presidência da Câmara, porém, o recuo dos três não tem validade — ao menos por ora.

“Os documentos (pedindo a retirada das assinaturas) são nulos, dado que o Projeto de Resolução ainda não havia sido protocolado, como bem deixa claro o Regimento Interno. Até o Projeto de Resolução ganhar um número, qualquer vereador, a partir desse protocolo, pode solicitar a retirada de assinatura. Caso esses mesmos três parlamentares o façam, e nenhum outro dos 14 que assinaram retirem suas assinaturas, o Projeto de Resolução seguirá tramitando diante do mínimo de assinaturas necessário”, lê-se em trecho de texto enviado à imprensa pela equipe de Gabriel Azevedo.

À reportagem, Pedro Patrus afirmou que ele e Pedralva ainda estão “conversando” sobre retirar, ou não, as assinaturas após o protocolo.

Entenda o rito

Cinco dias depois que o projeto ganhar número, a Câmara vai formar uma comissão especial, composta por cinco vereadores, para analisar a viabilidade da derrubada do reajuste e o retorno aos R$ 4,50 anteriormente cobrados.

Caberá a esse comitê emitir um parecer a respeito da proposta. Depois, haverá votação em plenário em turno único. Se 21 parlamentares derem aval, o projeto para sustar o decreto estará aprovado.

Prefeito aposta em subsídio para conter aumento

O aumento das passagens dos coletivos que circulam em Belo Horizonte passou a valer nesse domingo (23). O novo valor foi fruto de acordo entre a prefeitura e as concessionárias do transporte público, que se reuniram em audiência no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

A equipe de Fuad Noman afirma que será possível reduzir o custo da tarifa repassado aos passageiros caso os vereadores aprovem projeto para conceder subsídio público de R$ 476 milhões às empresas — ideia que sofre resistência de parte dos integrantes do Parlamento.

“O valor do reajuste da passagem não tem discussão. Já está posto pela Justiça. O que vamos fazer é agilizar e movimentar nossa base na Câmara Municipal para aprovar o subsídio e voltar a passagem a valores menores — R$ 4,50 ou R$5 (por exemplo), vai depender do valor do subsídio que vamos conseguir construir com a Câmara”, afirmou à Itatiaia, na semana passada, o secretário de Assuntos Institucionais do Executivo municipal, Claudiney Dulim.

Petistas recorrem a ação popular

O recuo dos petistas Bruno Pedralva e Pedro Patrus, na semana passada, ocorreu em meio a um vaivém sobre o futuro do Projeto de Resolução para sustar o decreto. Na quinta-feira (20) Gabriel chegou a anunciar que havia coletado as assinaturas mínimas para protocolar o texto, mas deu um passo atrás em meio a declarações dos três vereadores que pediram a retirada de suas assinaturas.

Pedralva e Patrus, aliás, resolveram recorrer a uma ação popular para barrar o aumento. O pedido foi enviado à Justiça na sexta-feira (21), mas o magistrado de plantão optou por não analisar a reivindicação e explicou que o valor da tarifa fora acordado com o consentimento do TJMG.

Vereadores que, segundo a presidência da CMBH, assinaram o projeto

  1. Bráulio Lara (Novo)
  2. Bruno Pedralva (PT)
  3. Cesar Gordin (Solidariedade)
  4. Cida Falabella (Psol)
  5. Ciro Pereira (PTB)
  6. Cleiton Xavier (PMN)
  7. Fernanda Pereira Altoé (Novo)
  8. Gabriel (sem partido)
  9. Henrique Braga (PSDB)
  10. Irlan Melo (Patriota)
  11. Iza Lourença (Psol)
  12. Jorge Santos (Republicanos)
  13. Loíde Gonçalves (Podemos)
  14. Marcela Tropia (Novo)
  15. Pedro Patrus (PT)
  16. Ramon Bibiano (PSD)
  17. Sérgio Fernando (PL)

Foto: Breno Pataro/PBH

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