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Barrados no baile manifestantes contra ESP ficam fora da Câmara

14 de outubro de 2019, 17h25 | Por Carlos Lindenberg com Letícia Horsth

by Carlos Lindenberg com Letícia Horsth

Com todas as entradas do prédio fechadas e ocupadas pela Polícia Militar e pela Guarda Municipal, a Câmara de Vereadores de Belo Horizonte reiniciou há pouco a discussão sobre a chamada escola sem partido – bastando para isso que derrote três requerimentos apresentados pela oposição com o objetivo claro de manter a obstrução por 15 dias já.

Na semana passada, a discussão do projeto fez com que vereadores trocassem empurrões e ofensas em plenário, manifestantes trocassem socos e fez com que seguranças tivessem que arrastar pessoas das galerias da casa.

O “projeto Escola Sem Partido de BH”, encabeçado pela bancada cristã da Câmara, defende que o Poder Público não permita a aplicação chamada da teoria ou ideologia de gênero nas salas de aula. Também proíbe o professor de apresentar as opiniões particulares aos alunos durante as aulas. Parte dos vereadores e dos professores da cidade acreditam que isso pode ser uma brecha para atos de “censura” e intimidação de professores dentro das escolas.

A galeria está fechada por que na semana passada houve um princípio de tumulto e a Segurança da Câmara que agir com truculência. A expectativa é que os requerimentos da oposição sejam derrotados e os vereadores possam retomar a votação da “escola sem partido”, uma ideia da autodenominada bancada “cristã”.

Em Santa Catarina, a deputada estadual eleita, Ana Caroline Campagnolo (PSL), de Itajaí, fez uma publicação em redes sociais na noite de domingo (28) oferecendo um contato telefônico para alunos enviarem vídeos de professores em sala de aula que estejam fazendo “manifestações político-partidárias ou ideológicas”. O Ministério Público (MPSC) informou que foi aberto um procedimento para apurar possível violação ao direito à educação dos estudantes.

Foto: Reprodução

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