Por Itatiaia
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a quebra de sigilo da documentação referente à Operação Venire – que realizou busca e apreensão no condomínio onde vive o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília. Ele teve seus aparelhos celulares apreendidos pela Polícia Federal.
De acordo com decisão de Moraes, Michelle não foi alvo de mandado de busca e operação nesta quarta-feira (3).
No entanto, tanto a ex-primeira-dama como o ex-presidente, junto a outras 15 pessoas são investigados por conta de um esquema de falsificação de dados para certificação de vacinação contra a covid-19.
Segundo o ministro do STF, é “plausível” que Bolsonaro tenha procurado obter vantagens do esquema de falsificação de registro de vacinação contra a covid-19.
“Diante do exposto e do notório posicionamento público de JAIR MESSIAS BOLSONARO contra a vacinação, objeto da CPI da Pandemia e de investigações nesta SUPREMA CORTE, é plausível, lógica e robusta a linha investigativa sobre a possibilidade de o ex-Presidente da República, de maneira velada e mediante inserção de dados falsos nos sistemas do SUS, buscar para si e para terceiros eventuais vantagens advindas da efetiva imunização, especialmente considerado o fato de não ter conseguido a reeleição nas Eleições Gerais de 2022”, diz trecho da decisão.
Bolsonaro nega irregularidades
Logo após agentes da Polícia Federal deixar a sua casa, Bolsonaro se manifestou sobre o caso e negou ter participado de irregularidades.
“O objetivo da operação de busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro: cartão de vacina. O que eu tenho a dizer? Que não tomei a vacina, foi uma decisão pessoal minha, depois de ler a bula da Pfizer. O cartão da minha esposa também foi fotografado, ela tomou a vacina nos Estados Unidos, a vacina da Jansen. A minha filha, Laura, de 12 anos, também não tomou vacina, tem o laudo médico no tocante a isso. No resto, fico surpreso com uma busca e apreensão com esse motivo”, disse na ocasião.
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
