Por Jornal Hoje em Dia / Blog do Lindenberg
O ministro Alexandre de Moraes surpreendeu a Corte ao mandar soltar Anderson Torres, na última quinta-feira, cuja prisão será substituída por medidas cautelares, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica nem poderá fazer uso das redes sociais.
Ou seja, é uma medida provisória dadas as restrições. Anderson Torres foi ministro da Justiça de Jair Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, acusado, no entanto, daí a ordem de prisão do ministro Alexandre Moraes, de não conter os distúrbios que culminaram na invasão do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.
Entre as medidas cautelares estão a monitoração eletrônica, com a proibição de ausentar-se do Distrito Federal, proibição de manter contato com os demais investigados na intentona de oito de janeiro, além do afastamento do cargo que mantém na Polícia Federal.
O descumprimento de qualquer dessas medidas implicará na revogação e decretação da prisão de Anderson Torres.
O ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro está preso desde 14 de janeiro. Sobre ele pesam as acusações de possíveis omissões de autoridades durante os atos golpistas de oito de janeiro, quando ele chefiava a Segurança Pública do Distrito Federal. Anderson Torres cumpria prisão no Quarto Batalhão da Polícia Militar desde que voltou ao Brasil.
Ele viajou para os Estados Unidos antes dos atentados contra o Planalto, o STF e o Congresso Nacional e antes mesmo do resultado das urnas que deram a vitória ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que levantou a suspeita de que ele teria se omitido ou pelo menos teria se tornado cúmplice dos atos que enojaram a nação.
Um outro ato surpreendente de uma quinta-feira aziaga foi a agressão sofrida pelo jornalista Guga Noblat pelo deputado federal Mário Frias, outro bolsonarista (PL-SP), fato ocorrido durante a Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados. O jornalista foi chamado de “anão” e em seguida o deputado Mário Frias tentou arrancar o telefone celular da mão de Noblat.
A Câmara dos Deputados, por sinal, como demonstração de sua pouca expressão, tem patrocinado cenas deploráveis. Algumas delas com o ministro da Justiça e senador, Flávio Dino, por sinal memoráveis, dadas as tiradas do ministro, às vezes veemente e outras tratando a audiência com ironia. Uma de suas ultimas vítimas foi o senador Do Val, a quem, por sinal, atacou com veemência e ironia ao mesmo tempo.
Hoje, no entanto, é preferível mudar de assunto e tratar da doce figura da mãe de todos nós. Quem não a tem sabe como dói a dor da ausência. Quem ainda a tem, deve cultivá-la com o maior carinho porque mãe só se tem uma vez. E quando a perde… dói demais. Dói a vida inteira. Mais ainda na vida adulta!
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