A história da CEMIG, a maior e melhor empresa de energia do Brasil, começa em 21 de Maio de 1952, quando o governador Juscelino Kubitschek resolveu incentivar a industrialização de Minas Gerais e criou a fornecedora de energia para o desenvolvimento mineiro.
A nossa CEMIG, com técnica moderna e visão social, criou a ERMIG para atender a área rural com eletrificação, criou o INDI para atrair empresas para o Estado, apoiou a CDI na implantação dos distritos industriais, etc.
Foi a CEMIG que deu ao País um padrão de distribuição de energia, legou ao Brasil 5 Ministros de Estado, e foi inúmeras vezes premiada pelo nível do seu quadro técnico (notadamente de engenheiros).
É preciso lembrar que foi a última a entrar no racionamento de 2001/2002 e a primeira a sair dele.
CEMIG sempre foi lucrativa, eficiente, e com profunda visão social tornou-se um ícone para os mineiros, seus legítimos donos.
Agora, ao completar 71 anos de apoio ao progresso de Minas, se vê ameaçada de ser vendida sem razão nenhuma, quer econômica ou políticamente falando.
Toda empresa de energia que é privatizada tem queda na qualidade e sobe fortemente o valor da conta de luz mensal; e não faz eletrificação rural nos municípios do interior.
A população de Minas Gerais gosta muito da CEMIG; pesquisa do ano passado mostra que 83 por cento dos mineiros e mineiras
não aceitam vendê-la. Este índice sobe para 90 no Sul de Minas, no Triângulo e no Oeste do Estado, será que os Deputados Estaduais já avaliaram isso?
CEMIG atende, e bem, a 9 milhões de consumidores espalhados em 774 municípios, e a grande maioria dos prefeitos sabe os benefícios que ela traz aos seus cidadãos.
Alguém acha que empresa privada no setor de energia, que só pensa no lucro, dá alguma atenção especial a creches, asilos, entidades de deficientes, hospitais, igrejas, santas casas? A CEMIG dá, ou pelo menos dava no passado.
Se acontecer a burrice da venda da CEMIG, após passar na Assembleia em 2 turnos, e depois no referendo popular, quem vai arcar com a conta é você que está nos lendo aqui, agora.
E, por fim, é até engraçado insistir em esculhambar a empresa pensando em vendê-la em leilão público, porque é muito provável que o comprador venha a ser uma estatal CHINESA;
Ora, o governo acha que não pode ser estatal do Povo MINEIRO, mas pode ser estatal do povo chinês?
Com a palavra a Assembleia Legislativa, o Tribunal de Contas do Estado, o Ministério Público de MG guardião da CPI, e toda gente desta terra que ainda tem mineiridade no seu sangue.
Foto: Guilherme Dardanhan
