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Campos Neto sobre Lula: “Tem direito de entrar no debate sobre juros” Questionado sobre quando o Banco Central deve iniciar a queda da taxa de juros, hoje em 13,75% ao ano, Roberto Campos Neto despistou

22 de maio de 2023, 13h47 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Metrópoles

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira (22/5) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “tem direito” de entrar no debate sobre a taxa básica de juros, a Selic.

Desde o início de seu governo, Lula tem criticado Campos Neto e o BC pela manutenção da Selic em 13,75% ao ano.

“O presidente tem direito de entrar no debate sobre taxa de juros. Isso está acontecendo em outros países”, minimizou Campos Neto, durante um seminário promovido pelo jornal Folha de S.Paulo sobre autonomia do BC.

Em seguida, o chefe da autoridade monetária disse que esperava um reconhecimento, por parte do presidente, por ter subido os juros em 2022, um ano eleitoral, o que provaria sua independência em relação à candidatura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – que o indicou para comandar o BC.

“Depois de termos subido os juros em ano eleitoral, da forma como a gente subiu, eu confesso que imaginei que isso fosse ser reconhecido. Fizemos uma subida de juros muito grande em um ano de eleição”, recordou Campos Neto.

“O presidente do BC tem autonomia em relação ao Executivo, assim como os diretores do BC têm autonomia em relação ao presidente do BC. A personificação demonstra falta de conhecimento do processo que foi instalado e do amadurecimento do BC”, prosseguiu Campos Neto.

Para o presidente do BC, “algumas declarações vão no sentido de não ter entendido direito as regras do jogo”. “O amadurecimento institucional faz parte do processo de criar as regras e seguir as regras”, disse.

Questionado se o BC começaria a reduzir os juros em breve, Campos Neto despistou. “É uma decisão do colegiado, que vai analisar várias dinâmicas. Isso vai ser decidido na próxima reunião. Temos elucidado as principais preocupações do BC. Tudo isso vai ser discutido na reunião do Copom, mesmo porque eu sou um voto de nove.”

Foto: Reprodução

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