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Delação de Élcio Queiroz prevê proteção à família e evita júri popular O acordo fechado para que o ex-policial militar detalhasse a morte de Marielle Franco prevê ainda o cumprimento de mais 8 anos de prisão

25 de julho de 2023, 13h59 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Metrópoles

O acordo de delação premiada do ex-policial militar Élcio de Queiroz sobre as mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes concede a ele benefícios como proteção à sua família; transferência da Penitenciária Federal de Brasília para a Papuda, um complexo estadual; e mais 8 anos de detenção em regime fechado, sem necessidade de passar por júri popular.

Mesmo após ter confessado sua participação no crime, Élcio acordou os benefícios em troca de informações à polícia e ao Ministério Público.

Segundo informações da Coluna Na Mira, após dar detalhes sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco, Élcio de Queiroz será transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal. Inicialmente, ele ficará alocado no Centro de Detenção Provisória (CDP). O preso estava detido na Penitenciária Federal de Brasília.

Com os novos desdobramentos, a investigação sobre o caso Marielle Franco avança para descobrir quem foram os mandantes e qual o motivo da execução.

O que Élcio de Queiroz revelou em sua delação:

O que Élcio de Queiroz revelou em sua delação:

  • Ronnie Lessa foi o executor de Marielle Franco, em 2018;
  • Ronnie Lessa tentou matar Marielle Franco em 2017;
  • A placa do carro utilizado no crime foi trocada, e a antiga, jogada fora;
  • Os criminosos escolheram o aplicativo de mensagens Confide para cometer o crime;
  • O ex-policial militar Edimilson Oliveira da Silva (“Macalé”), executado em 2021, foi quem intermediou o diálogo entre mandantes e executores;
  • O ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, preso na última segunda-feira (24/7), era o responsável por pagar a defesa dos envolvidos.

Além da mudança de penitenciária e da proteção à família, Élcio recebeu outros benefícios com a delação. Entre eles, está a possibilidade de não ir a júri popular e cumprir mais 8 anos de cadeia em regime fechado (ele já cumpriu 4 anos da pena).

Entenda

Élcio de Queiroz foi o responsável por dirigir o carro, um Cobalt prata, utilizado no dia da execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 14 março de 2018.

Ele está preso desde 2019, na mesma época em que o ex-policial reformado e autor dos disparos que mataram a vereadora, Ronnie Lessa, também foi encarcerado.

Foto: Reprodução/PCRJ

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