Por Itatiaia
O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “jumento”, criticou a reforma tributária aprovada pela Câmara e tratou um eventual retorno à Presidência como uma missão. Ele discursou na terça-feira (25), em evento de filiação do vereador de São Paulo Fernando Holiday ao PL, seu partido.
“[Aos países do norte] Interessa eu ou um entreguista na Presidência da República? Um analfabeto. Um jumento, por que não dizer assim?”, disse Bolsonaro, em referência a Lula, diante de um auditório lotado na Câmara de São Paulo.
Bolsonaro também fez críticas à reforma tributária aprovada pela Câmara há três semanas, comentou sobre as discussões para taxação de heranças e disparou contra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dizendo que ele “nunca trabalhou na vida”.
Ao falar sobre sua inelegibilidade, disse que, no Brasil, o “sistema” optou por impedir que ele fosse eleito novamente. Bolsonaro afirmou que prefere ir à praia do que voltar à Presidência, porém disse que encararia o trabalho como uma “missão”.
“Aqui, o sistema resolveu se antecipar. Vamos tornar o cara inelegível. Agora, o que torna inelegível? Você tem que ter feito alguma coisa. ‘Ah, reuniu-se com embaixadores.’ A Dilma se reuniu em 2016 e pediu apoio contra o impeachment”, comentou.
Ainda durante o discurso, o ex-presidente citou os presos, cerca de 250 pessoas, pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, em Brasília. “Não vamos esmorecer”, afirmou. “Se falar em movimento de rua, se tiver um dia, tem que ser para pedir a liberdade do pessoal que está lá. Todas as pessoas que estão presas já há dias, de forma covarde”, defendeu.
Nesta quarta-feira (26), Bolsonaro continua em São Paulo. No almoço, ele participará de um evento com empresários, no Morumbi, na Zona Sul, onde também deve se encontrar com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), para tratar de possível apoio nas eleições de 2024.
Foto: Agência Brasil