Por Itatiaia
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), exigiu investigações pelas oito mortes registradas no Guarujá em meio à operação da Polícia Militar (PM) após o assassinato do agente da Rota na última quinta-feira (27).
Na saída do Palácio do Planalto, em Brasília, nesta segunda-feira (31), o ministro indicou haver suspeita de excessos da corporação, mas garantiu que o Governo Federal não irá atropelar por enquanto a investigação do Estado de São Paulo. “A ouvidoria em São Paulo irá requisitar as imagens das câmeras. Com certeza, elas demonstrarão se o que aconteceu é o que afirma o governo de São Paulo, ou seja, foi uma reação aos ataques ou se houve descumprimento da lei”, declarou.
“Foi um crime terrível contra um policial, e houve uma reação imediata que não nos parece proporcional ao crime cometido. Mas, claro, não é possível afirmar com certeza em 24 horas. O importante é garantir que as investigações ocorram”, acrescentou. O ministro classificou que a interferência do Governo Federal na apuração dos fatos seria um ato de imprudência. “Nesse momento, o governo não pode passar por cima das autoridades de São Paulo”, concluiu.
Morte de policial no Guarujá e chacina: o que aconteceu?
O soldado Patrick Bastos Reis morreu na última quinta-feira (27) após ser atingido por um disparo de arma de fogo em operação no Guarujá, no litoral de São Paulo. Depois do homicídio, as polícias Civil e Militar iniciaram uma operação na localidade e oito pessoas morreram, segundo o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). O número ainda é impreciso; e na última sexta-feira (28), o ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Aparecido da Silva, cravou que dez mortes ocorreram durante a investida militar.
Foto: Lara Alves/Itatiaia