Por DCM
O tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), foi convocado a depor novamente, às 10h desta segunda-feira (28), na sede da Polícia Federal (PF), no DF.
Cid, na sexta-feira (25), passou mais de seis horas no local, sendo ouvido no inquérito que investiga a suposta contratação dos serviços de Walter Delgatti Neto na tentativa de invasão do sistema das urnas eletrônicas.
Segundo Delgatti, o “hacker da vaza-jato”, Cid teria participado da reunião que a deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL) promoveu entre ele e Bolsonaro em agosto do ano passado, no Palácio da Alvorada.
Ele também afirmou que teve “vários encontros com Mauro Cid que não estavam na agenda oficial do ex-ajudante de ordens”, e que o militar tomou conhecimento de todo teor da conversa, ouviu tudo que foi conversado e teve ciência de que, do Alvorada, Delgatti seguiu direto para o Ministério da Defesa, para reunião com o ex-ministro Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira e outros membros das Forças Armadas.
Essa foi a primeira das cinco visitas de Delgatti ao Ministério da Defesa, conforme afirmou em depoimento, cujo objetivo foi tentar criar fatos que desacreditassem o sistema eleitoral brasileiro.
Sobre as acusações, a defesa de Zambelli segue afirmando que a deputada “não lembra” da presença de Cid dentro ou nas proximidades da sala onde ocorreu a conversa entre o ex-presidente e o hacker.
O programador, por sua vez, está preso preventivamente desde o dia 2 de agosto por suposta invasão no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na ocasião, Delgatti teria “criado” um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), supostamente por ordem de Zambelli.
Cid também segue preso desde 3 de maio de 2023.
Foto: Reprodução