Por Jornal Hoje em dia / Blog do Lindenberg
O vereador Gabriel Azevedo, presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, joga nesse final de semana sua última cartada ou quem sabe sua penúltima cartada. É que esse jogo de empurra ainda vai rolar por algum tempo, até porque há prazos para serem cumpridos.
Mas a tarde começou com o presidente da Câmara, Gabriel Azevedo, impondo uma espécie de censura, fechando o plenário, impedindo a entrada da imprensa – logo Gabriel, sempre afável com os jornalistas – de forma que tudo começou com uma espécie de clima de terror logo cedo, antes mesmo de o presidente da Câmara instalar os trabalhos. Depois o presidente abriu o que se poderia dizer que era um regime de exceção e liberou geral, menos o plenário.
As coisas começaram já há algum tempo com o presidente da Câmara retaliando sua principal cabo eleitoral, a ex-presidente Câmara, Nely Aquino. É de lembrar que que Gabriel foi eleito por um único voto e por influência de Nely Aquino e foi justamente ela a primeira a sofrer as consequências da rebeldia de Gabriel Azevedo, fazendo uma limpa na casa, todos os atos sobre a Nely Aquino, que se elegeu deputada federal – dizem que com o apoio de Gabriel.
Mas o que está por trás dessa atropelada é a disputa pela prefeitura municipal – a cobiçada PBH. É isso que está em jogo, embora o atual prefeito, Fuad Noman, ainda não tenha se manifestado sobre a possibilidade de concorrer à reeleição. Ocorre que à boca pequena circula o boato que Marcelo Aro, chefe da Casa Civil do governo do Estado, seria parente de Castelar Guimarães, além de ter um pai deputado e uma mãe vereadora.
A partir daí a sucessão na Câmara ou até mesmo no Congresso, Nely é deputada federal, pegou fogo. Mas tudo em função da prefeitura de Belo Horizonte, por onde aliás corre pelo menos uma meia dúzia de deputados estaduais e federais, quando não do senador Rodrigo Pacheco, presidente do Senado Federal e por extensão do Congresso Nacional. O que se percebe é um jogo bruto em que Gabriel Azevedo aspira a prefeitura e com esse tanto de coadjuvantes numa espécie de fila de espera, onde ninguém pode dar um passo em falso, sob pena de sair do jogo.