Por O Tempo/Blog do Luiz Tito
“Dois milhões de reais limpos” é o que a Cemig entrega, todo dia de cada mês, ao Tesouro do Estado de Minas Gerais; de segunda a segunda, não importa se dia normal ou feriado, inclusive Natal, Sexta-Feira da Paixão, Carnaval, 7 de Setembro, enfim, todos os dias, é o que a empresa que o Estado quer privatizar deposita nas suas reservas. Isso sem falar nos benefícios sociais e econômicos para Minas Gerais.
Em palestra realizada ontem pelo engenheiro Aloísio Vasconcelos, que é ex-presidente da Eletrobrás e das Centrais Elétricas de Furnas e diretor da Cemig, além de ex-deputado federal, ouviu-se uma firme e corajosa defesa da Cemig na sua condição de empresa estatal mineira. Ele foi o convidado da Comissão de Participação Popular da Assembleia Legislativa de MG, onde teve a oportunidade de reportar, em anos de vivência no setor elétrico brasileiro, o que aprendeu, para repetir, resumidamente, o que lhe dissera o ex-senador, ex-presidente da República e ex-governador de Minas Gerais, Itamar Franco, num encontro que tiveram fora do Brasil.
Indagado sobre as razões que teriam levado Itamar a resguardar a Cemig da ameaça de ser privatizada, impondo a necessidade de uma autorização da Assembleia Legislativa, confirmada pela aprovação dos mineiros através de um referendo popular, Itamar foi definitivo: “É para evitar que algum dia um débil mental tenha a ousadia dessa ideia”. E mais não disse porque não precisava dizer.
Foto: Reprodução