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Novo muda comando em Minas de olho em expansão no interior e trabalha por alianças partidárias em 2024 Diretório estadual passa a ser presidido por Christopher Laguna; em BH, liderança caberá a Frederico Papatella

25 de setembro de 2023, 14h10 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Itatiaia

O partido Novo, do governador Romeu Zema, vai mudar o comando de seu diretório em Minas Gerais. Christopher Laguna, presidente da legenda em Belo Horizonte, assumirá a liderança da Executiva estadual. A agremiação trabalha para ter candidatos a prefeituras ou Câmaras Municipais em ao menos 100 dos 853 municípios mineiros e, para isso, aposta em lideranças regionais incumbidas de incentivar a organização do partido em cidades vizinhas. Paralelamente, a reboque da coligação de 10 siglas que amparou Zema na campanha à reeleição em 2022, o Novo já abriu conversas com partidos à direita a fim de debater a viabilidade de alianças nas eleições municipais.

A posse de Laguna na presidência estadual do Novo está marcada para esta terça-feira (26), em Belo Horizonte. O evento vai marcar, também, a oficialização do substituto dele no comando do diretório de BH. Na capital, o partido passará a ser responsabilidade de Frederico Papatella, de trajetória ligada à Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).

Diferentemente do início do primeiro mandato, em que teve dificuldades para estabelecer diálogos com outros partidos, Zema tem conseguido conversar com lideranças posicionadas além-muros do Novo. Os secretários Marcelo Aro (Casa Civil) e Gustavo Valadares (Governo), dois de seus principais interlocutores junto à classe política, por exemplo, são filiados a outras agremiações — PP e PMN, respectivamente.

“A gente pretende conversar em Belo Horizonte e no interior para ver quais composições podemos fazer, da melhor forma, como foi feito para o governo do estado, quando 10 partidos andaram conosco. Temos a pretensão de, nos municípios, (ter candidatos) compondo com alguém. Vai depender do contexto. Às vezes, indo sozinho. Já estamos conversando com alguns partidos para ver a melhor situação para cada cidade — e qual será a melhor representação para a população de cada cidade”, diz Laguna, à Itatiaia.

Dois dos quatro prefeitos do Novo no país estão em Minas Gerais: Gleidson Azevedo, de Divinópolis, e Luís Eduardo Falcão, de Patos de Minas. Eles, porém, não foram eleitos pela sigla — e chegaram às fileiras do partido neste ano. Falcão já havia sido filiado ao Novo, mas saiu do partido rumo ao Podemos às vésperas do pleito de 2020 para ter a certeza de que conseguiria ir às urnas.

“Estamos buscando, nos municípios, montar comissões executivas através de nossas lideranças. Hoje, temos 13 líderes de mesorregiões. Esses líderes, através dos líderes de microrregiões e das comissões executivas, expandem nossa voz no interior à procura de gente que tem nossa filosofia e pensamento, de uma direita conservadora e liberal”, pontua o futuro presidente estadual da legenda.

A formação de uma ampla coalizão em torno de Zema uniu o Novo a partidos como PP, MDB, Solidariedade, Agir e Avante. A aliança rompeu uma espécie de tradição fundacional do partido, conhecido por lançar chapas puro-sangue. Segundo Laguna, o estatuto do partido nunca proibiu a construção de coligações. É preciso, porém, que os parceiros comunguem das ideias.

Segundo o novo presidente estadual, o amadurecimento gradual do partido, que disputou, em 2024, sua quarta eleição, mais a reeleição de Zema, vão ampliar os espaços de conversas com outras legendas.

Mais um vereador em BH

Em Belo Horizonte, além dos debates sobre a possibilidade de uma candidatura à prefeitura, o Novo quer aumentar, de três para quatro, o número de representantes na Câmara Municipal.

“Em 2020, fomos com uma chapa em torno de 30 candidatos. Em 2024, vamos com chapa completa, 42 candidatos, pulverizados na cidade e bem alinhados com os princípios e valores do Novo”, conta Frederico Papatella.

Hoje, o partido é representado no Legislativo por Braulio Lara, Fernanda Pereira Altoé e Marcela Trópia. Segundo Papatella, a esta altura, as “entregas” do governo Zema são mais palpáveis à população.

“A gente entende que isso vai trazer uma força muito grande à nossa chapa”, acredita.

Foto: Reprodução/Novo

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